Resumo
A fibrose renal é um processo progressivo que, em última análise, leva a falência renal, uma condição impactante para a vida social e econômica do indivíduo, e que requer terapia de reposição, diálise ou transplante renal. Apesar do grande progresso na identificação de mecanismos moleculares envolvidos na fibrogênese, os mecanismos celulares que orquestram este processo ainda permanecem pouco compreendidos, o que impossibilita o desenvolvimento de estratégias efetivas no tratamento da doença renal crônica. Recentemente, novas descobertas demonstraram que a progressão da fibrose está associada a alterações no metabolismo glicolítico e oxidativo células epiteliais tubulares proximais (CETPs). A inflamação é uma via comum no desenvolvimento da fibrose renal. O inflamassoma NLRP3 é uma plataforma multiproteica que conecta sinais inflamatórios e mudanças metabólicas. Neste projeto, nós formularmos a hipótese de que as alterações metabólicas são a via comum entre o estímulo pró-inflamatório, percebido via sinalização do inflamassoma NLRP3, e o desenvolvimento de fibrose. Assim, iremos trabalhar com CETs isoladas de camundongos WT ou deficientes para NLRP3, para analisar o papel dessas proteínas no metabolismo energético das CETs, com foco no metabolismo glicolítico, frente a estímulos agudos (ácido úrico solúvel) e crônico (TGF-b), utilizando diferentes técnicas como Seahorse, Western blotting, citometria de fluxo, expressão gênica e analise CHIP-PCR. Ainda, verificaremos se estas condições se repetem in vivo, utilizando um modelo de fibrose renal induzida pela obstrução unilateral do ureter (UUO) em animais "knockout" para NLRP3 e fatores associados ao metabolismo.
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