Resumo
Apesar dos avanços no diagnóstico e tratamento do carcinoma espinocelular oral (CECO), a sobrevida em 5 anos permanece por volta de 50-60% sem grandes alterações nas últimas décadas. A decisão de tratamento e a previsibilidade do prognóstico dos pacientes têm sido baseadas em parâmetros clínicos (sistema TNM) e características histopatológicas, que na prática não são eficientes em todos os casos. Neste sentido, a detecção, validação e implementação clínica de marcadores que colaborem na seleção do tratamento, eventualmente representando novos alvos terapêuticos, e que auxiliem no prognóstico, se faz necessária e urgente. O objetivo deste projeto é identificar e caracterizar o efeito biológico de proteínas com potencial papel como biomarcador para pacientes com CECO. Para tanto, uma criteriosa seleção inicial dos potenciais biomarcadores foi realizada com base em listas de proteínas derivadas de estudos anteriores do nosso grupo, que resultou na escolha de 7 alvos, sendo eles: tumor-associated calcium signal transducer 2 (TACSTD2), copine-1 (CPNE1), serpin family H member 1 (SERPINH1), stress-induced-phosphoprotein 1 (STIP1), proteasome subunit alpha type-6 (PSMA6), septin 9 (SEPT9) e stanniocalcin 2 (STC2). Inicialmente, as proteínas selecionadas serão validadas por meio de imuno-histoquímica e análises estatísticas, e as 3 proteínas que apresentarem resultados mais promissores, serão escolhidas para ensaios funcionais, baseados em ganho e perda de função relacionados aos fenótipos de malignização. Espera-se com este estudo identificar proteínas que tenham valor prognóstico para o CECO e que apresentem importância no processo de progressão tumoral, refletindo em avanços para o tratamento da doença. É importante salientar que, até hoje, nenhum dos marcadores de CECO descritos na literatura foram implementados na clínica por falta de evidências robustas.
|