Resumo
A presente proposta inscreve-se como possibilidade de reflexão sobre a produção do espaço urbano, com foco em cidades médias da Bahia: Feira de Santana, Vitória da Conquista, Ilhéus e Itabuna, as duas últimas conformando uma aglomeração urbana. Nessas, temos averiguado mudanças no cotidiano urbano pelas fraturas sociais e na produção de barreiras físicas relativas ao plano do vivido, isso porque consideramos a hipótese de que, a partir da década de 1990, com o aumento na implementação de espaços residenciais fechados, esses tipos urbanos estariam passando por um aprofundamento nos processos de diferenciação socioespacial e adensamento da desigualdade socioespacial conduzindo ao processo de fragmentação socioespacial que pode ser lido por meio da mudança das práticas espaciais. Tem-se, assim, que a produção da moradia nesses tipos urbanos escolhidos, sobretudo, pelo incentivo ao modo de vida em espaços residenciais fechados, estaria acentuando os conflitos resultantes das desigualdades socioespaciais relacionadas às lógicas de distribuição, localização e qualidade das habitações e alterariam os conteúdos das práticas espaciais dos sujeitos residentes nesses produtos imobiliários. Para exposição dessa hipótese, apresentamos, nas seções seguintes, um bloco único em que desenvolvemos a problemática da pesquisa, sopesada em uma fundamentação teórica fundamental, delineando os objetivos da investigação, seguido dos procedimentos metodológicos para o plano de ação, expresso por meio de um quadro síntese, finalizando com e cronograma de trabalho. Diante da complexidade com que se desenvolve o processo de urbanização e do acirramento das desigualdades socioespaciais, faz-se necessário refletir sobre os elementos que agem contra e através dos processos que impedem o direito à vida urbana e as faces do processo de urbanização no período contemporâneo. (AU)
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