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Segregação espacial urbana a partir da literatura caroliniana: como age um estado racializado?

Processo: 18/23386-5
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Vigência (Início): 01 de fevereiro de 2019
Vigência (Término): 31 de dezembro de 2019
Área do conhecimento:Ciências Sociais Aplicadas - Direito
Pesquisador responsável:Fabiana Cristina Severi
Beneficiário:Rebeka Lima Cavalcante
Instituição Sede: Faculdade de Direito de Ribeirão Preto (FDRP). Universidade de São Paulo (USP). Ribeirão Preto , SP, Brasil
Bolsa(s) vinculada(s):19/14730-7 - Diálogo entre a Carolina Maria de Jesus com literatura afro-colombiana, BE.EP.IC
Assunto(s):Teoria do estado   Direitos humanos   Segregação racial   Relação social   Segregação urbana   Territorialização
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Carolina Maria de Jesus | Cidadania racial | Colonialidade | Direito e Literatura | Racismo patriarcal | Segregação racial do espacial | Teoria do Estado; Direitos Humanos

Resumo

O livro Quarto de despejo: diário de uma favelada foi escrito por Carolina Maria de Jesus, na década de 1950, a partir da sua experiência pessoal. A história se passa na favela do Canindé - localizada a margens do Rio Tietê, na cidade de São Paulo. A primeira produção literária de Carolina apresenta testemunho do cotidiano na periferia da cidade de São Paulo. O livro póstumo da poetisa, Diário de Bitita, apresenta os manuscritos referente a sua infância e adolescência no Estado de Minas Gerais. Nesta obra através dos contos do avô, o Sócrates Africano, Carolina narra o processo a vida dos afro brasileiros após o fim da escravidão. O projeto de pesquisa tem por objetivo geral analisar o processo de territorialização e espacialização da população negra no pós abolição da escravidão como um projeto político do Estado brasileiro como forma de contextualizar as narrativas de Carolina Maria de Jesus sobre o espaço a partir da análise literária do Quarto de despejo: diário de favelada e Diário de Bitita. A leitura inicial das obras supramencionada apresenta a perspectiva da poetisa do Estado como a personificação do homem branco. Os objetivos específicos são: a) estudar as perspectivas da decolonialidade, procurando elementos para uma melhor compreensão sobre a relação entre manutenção de relações sociais raciais para a construção da segregação espacial entre o Centro e Periferia; b) compreender o aspecto do racismo estrutural atrelado ao divisão geográfica da cidade de São Paulo; c) analisar a relação da concentração da população negra na periferia com a política de inserção da população negra pós abolição a partir da obra Diário de Bitita; d) compreender a segregação espacial como ferramenta de exclusão social e política dos sujeitos negros; As obras de Carolina serão compreendidos, aqui, para além de sua dimensão literária, como obras-denúncia. Carolina a partir de seu lugar social - mulher, negra e pobre - denuncia as mazelas sociais que estão ao alcance de seus olhos e o lugar do Estado nesse processo. A pesquisa terá como marco teórico os estudos decoloniais. Esta perspectiva epistemológica foi escolhida por priorizar o conhecimento desenvolvido por sujeitos subalternos.

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