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Máscara laríngea como opção para ventilação com pressão positiva de recém-nascidos em sala de parto

Processo: 18/19595-8
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Vigência (Início): 01 de março de 2019
Vigência (Término): 29 de fevereiro de 2020
Área do conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina
Pesquisador responsável:João Cesar Lyra
Beneficiário:Guilherme da Silva Machado
Instituição Sede: Faculdade de Medicina (FMB). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Botucatu. Botucatu , SP, Brasil
Assunto(s):Pediatria   Recém-nascido   Ressuscitação   Salas de parto   Ventilação pulmonar   Estudos prospectivos
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Máscara Laríngea | recém-nascido | Ressuscitação | Ventilação pulmonar | Pediatria

Resumo

Embora as taxas de mortalidade infantil venham decrescendo em todo o mundo, a proporção de mortes neonatais permanece elevada, sendo que, no Brasil, a mortalidade neonatal é responsável por até 69% dos óbitos infantis. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, entre 2005 e 2010, ocorreram 5 a 6 mortes precoces por dia associadas à asfixia perinatal em neonatos de baixo risco e a maior parte desses óbitos ocorreu no primeiro dia de vida, o que remete a possíveis causas relacionadas ao parto e ao nascimento.O nascimento é um momento de vulnerabilidade, pois eventos adversos podem provocar falhas nos mecanismos de transição da vida intrauterina para o ambiente externo, tornando os recém-nascidos (RN) incapazes de estabelecer a respiração adequada, aumentando o risco de morte e lesão cerebral por asfixia. De acordo com a literatura, um em cada dez RN precisam de manobras de reanimação por meio da ventilação pulmonar com pressão positiva (VPP), para estabelecer uma respiração efetiva. A VPP é um procedimento tão importante e efetivo, que 9 em cada 10 RN que a recebem de forma adequada, melhoram e não necessitam de reanimação avançada. A VPP é habitualmente realizada por meio do balão autoinflável ou ventilador manual mecânico, acoplados a dois tipos de interfaces: máscara facial (MF) ou cânula orotraqueal (COT), cada uma com suas peculiaridades quanto à maneira de ser utilizada, e cuja eficiência pode variar de acordo com a habilidade e o treinamento de quem as manuseia. Quando ocorre falha da VPP devido à má adaptação da MF, e consequente escape de ar, é necessária a intubação, com uso da COT. A intubação do RN é um procedimento complexo e invasivo, que requer maior nível de treinamento do profissional que presta assistência, o que pode acarretar aumento indesejado do tempo para o estabelecimento da VPP efetiva, o que aumenta o risco de morte ou morbidade em16% a cada 30 segundos de demora. Diante destas dificuldades e limitações, a máscara laríngea (ML) pode ser uma boa alternativa como interface para VPP. Esse dispositivo é capaz de garantir a ventilação pulmonar, tendo como vantagens o manuseio simples, menor possibilidade de escape de ar, além de ser menos invasiva que a COT. Isso é relevante, uma vez que o atendimento ao RN na sala de parto frequentemente é realizado por profissionais com diferentes níveis de experiência, e portanto, sem treinamento suficiente para proceder a intubação orotraqueal. O objetivo desse estudo é comparar o tempo dispendido para o estabelecimento da VPP efetiva, utilizando a MF, COT ou ML, quando realizada por indivíduos sem experiência em reanimação neonatal.Trata-se de estudo prospectivo e experimental, com manequim de simulação, com participação de alunos da graduação do 6º ano médico, que não possuem treinamento específico para reanimação neonatal em sala de parto. Após breve treinamento, será proposta uma situação simulada de reanimação e os participantes serão orientados a proceder a VPP no manequim, utilizando as 3 interfaces. As variáveis estudadas serão: tempo dispendido para a primeira insuflação (T1), número de tentativas de inserção, tempo dispendido para obtenção de VPP efetiva (T2) e os parâmetros respiratórios alcançados. A VPP será considerada efetiva quando a pressão inspiratória (PIP) e a pressão expiratória (PEEP) forem alcançados e as curvas de fluxo e volume corrente (VC) estabelecidas. Os dados serão obtidos por meio de pneumotacógrafo acoplado a um sistema informatizado. O estudo será realizado no Laboratório de Fisiopatologia Pulmonar Neonatal da Unidade de Pesquisa Experimental da Faculdade de Medicina de Botucatu-UNESP. O projeto obteve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa e do Conselho de Curso da Graduação em Medicina da Instituição. A hipótese do estudo é que a máscara laríngea pode ser um dispositivo prático e eficiente, capaz de garantir a VPP efetiva em tempo adequado, mesmo sendo manuseada por indivíduos sem experiência em reanimação neonatal.

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