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Implicações do comércio nacional e internacional de Rã-Touro na dispersão e tolerância adquirida ao fungo quitrídio e medidas para conservação de anuros

Processo: 18/23622-0
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Doutorado
Vigência (Início): 01 de julho de 2019
Vigência (Término): 01 de outubro de 2023
Área do conhecimento:Ciências Biológicas - Ecologia - Ecologia Aplicada
Pesquisador responsável:Luis Felipe de Toledo Ramos Pereira
Beneficiário:Luisa de Pontes Ribeiro
Instituição Sede: Instituto de Biologia (IB). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:16/25358-3 - O fungo quitrídio no Brasil: da sua origem às suas consequências, AP.TEM
Bolsa(s) vinculada(s):20/02817-8 - Impactos da produção de rã-touro na dispersão e tolerância adquirida ao fungo quitrídio, BE.EP.DR
Assunto(s):Conservação   Anura   Rã-touro   Quitridiomicetos   Filogenia   Brasil
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Conservação | Disseminação de patógeno | Quitridiomicose | rã-touro | Seleção artificial | Conservação

Resumo

A biodiversidade mundial vem sofrendo preocupante redução em todos os níveis, tornando-se essencial medidas e ações que visem a conservação de espécies. Atualmente, os anfíbios representam o grupo de vertebrados mais ameaçado, tendo como uma das principais ameaças a Quitridiomicose, doença infecciosa emergente causada pelo fungo Batrachochytrium dendrobatidis (Bd). O Bd é um patógeno flagelado que é eficiente na sua transmissão, seja pela água ou pelo contato entre indivíduos. O desenvolvimento da doença compromete funções osmorregulatórias, eletrolíticas e cardíacas podendo levar os indivíduos à morte. O fungo pode também produzir toxinas que interferem nas respostas imunes do hospedeiro, embora os efeitos fisiológicos ainda sejam pouco estudados. Além disso, diferentes hospedeiros apresentam respostas imunológicas e fisiológicas distintas à infecção. A Rã-Touro, Lithobates catesbeianus, é uma espécie tolerante à Quitridiomicose e pode atuar como reservatório e vetor do patógeno. Essa espécie é comercializada para consumo humano, e seu crescente comércio mundial tornou a Rã-Touro uma das principais espécies invasoras do mundo afetando negativamente a anurofauna nativa. Devido ao fato dos criadouros de rãs apresentarem altas prevalências do fungo e o comércio ser global, essa espécie atua também um vetor internacional do patógeno. Além de atuar como um reservatório e vetor de Bd, é possível que essa espécie, e sua criação em massa, atuem também como um superdispersor do fungo para ambientes naturais. A falta de informações sobre a produção de Rãs-Touro, bem como de protocolos de biossegurança na infraestrutura e comercialização das rãs aumenta a preocupação sobre possíveis impactos negativos para espécies nativas. Assim, devemos compreender o papel dessa espécie e de sua criação em massa na disseminação de Bd. Portanto, objetivamos mapear os criadouros do Brasil, traçar suas rotas de comércio nacional e internacional; construir uma filogenia das diferentes cepas encontradas nesse comércio através de sequenciamento; entender os mecanismos de tolerância dessa espécie e testar a possível função da Rã-Touro como superdispersora de Bd. Finalmente, pretendemos realizar workshops com importantes grupos da sociedade brasileira mostrando a problemática da falta de regulamentação e executar a elaboração de manuais de boas práticas e biossegurança, além de propostas de regulamentação e fiscalização da produção e comércio dessa espécie visando a conservação da anurofauna nativa em todo o mundo. (AU)

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Publicações científicas (6)
(Referências obtidas automaticamente do Web of Science e do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores)
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NEELY, WESLEY J.; GREENSPAN, SASHA E.; RIBEIRO, LUISA P.; CARVALHO, TAMILIE; MARTINS, RENATO A.; RODRIGUEZ, DAVID; ROHR, JASON R.; HADDAD, CELIO F. B.; TOLEDO, LUIS FELIPE; BECKER, C. GUILHERME. Synergistic effects of warming and disease linked to high mortality in cool-adapted terrestrial frogs. Biological Conservation, v. 245, . (18/23622-0, 16/25358-3, 13/50741-7, 16/03344-0)
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