Nanopartículas a base de quitosana para administração nasal de bevacizumab
- Auxílios pontuais (curta duração)
Processo: | 18/18488-3 |
Linha de fomento: | Bolsas no Brasil - Mestrado |
Vigência (Início): | 01 de agosto de 2019 |
Vigência (Término): | 28 de fevereiro de 2021 |
Área do conhecimento: | Ciências da Saúde - Farmácia - Farmacotecnia |
Pesquisador responsável: | Marlus Chorilli |
Beneficiário: | Leonardo Delello Di Filippo |
Instituição-sede: | Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCFAR). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Araraquara. Araraquara , SP, Brasil |
Assunto(s): | Tecnologia farmacêutica Nanotecnologia Glioblastoma Carreadores lipídicos nanoestruturados |
Resumo O glioblastoma (GBM) é a neoplasia maligna primária mais comum do Sistema Nervoso Central, responsável por cerca de 4% dos óbitos associados a neoplasias, caracterizando-se como um dos cânceres mais fatais. A quimioterapia é extensamente utilizada no tratamento e, dentre os fármacos disponíveis, o docetaxel (DTX), Taxotere®, é um quimioterápico que vem demonstrando eficiência no tratamento ddo GBM, inibindo a proliferação celular a partir do bloqueio mitótico, impedindo a despolimerização dos microtúbulos, tornando-os instáveis e não funcionais, de modo que a célula não é capaz de se dividir e morre por apoptose. No entanto, Taxotere® apresenta efeitos colaterais associados a toxicidade, bem como biodisponibilidade limitada, o que limita seu uso clínico. A fim de vencer a barreira hemato-encefálica (BHE) e disponibilizar o fármaco de maneira mais eficiente, uma abordagem bastante atrativa é a encapsulação em carreadores lipídicos nanoestruturados (CLN), funcionalizados com ligantes específicos de receptores presentes nas superfícies de células tumorais, como os receptores VEGF (fator de crescimento do endotélio vascular), que são superexpressos em células tumorais de GBM. Os CLN são uteis no tratamento quimioterápico pois melhoram a biodisponibilidade dos fármacos, podendo entrega-los de modo seletivo às células cancerígenas, diminuindo a toxicidade sistêmica e aumentando a eficácia do tratamento. O atual trabalho visa avaliar o potencial de carreadores lipídicos nanostruturados funcionalizados com bevacizumab para veiculação de docetaxel no tratamento de glioblastoma. Os CLNs serão obtidos por meio da técnica de fusão-emulsificação. Os CLN serão funcionalizados por reação de tiolação do bevacizumab. Os CLN serão caracterizados por técnicas físico-quimicas quanto ao seu tamanho, morfologia, índice de polidispersão, potencial zeta, eficiência de encapsulamento e eficiência de funcionalização. A integridade do bevacizumab nos CLN funcionalizados será verificada por ensaios de SDS-PAGE e dicroísmo circular. Os ensaios de liberação serão realizados para CLN convencionais e funcionalizados com bevacizumab. Finalmente, serão efetuados ensaios biológicos in vitro para avaliar a citotoxicidade da formulação em linhagem que superexpressam ou não VEGF. Portanto, espera-se obter um CLN inovador, alvo-específico, que permita a entrega direcionada do docetaxel em quantidades suficientes, como uma alternativa para o tratamento farmacológico de GBM. (AU) | |