Bolsa 19/05306-7 - Violência na família, Trauma emocional - BV FAPESP
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A violência intrafamiliar e suas repercussões no desenvolvimento do domínio voluntário da conduta de crianças e adolescentes: uma proposta de intervenção voltada para cuidadores

Processo: 19/05306-7
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Mestrado
Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2019
Data de Término da vigência: 31 de outubro de 2021
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Psicologia - Psicologia Social
Pesquisador responsável:Alex Sandro Gomes Pessoa
Beneficiário:Débora Ananias Guimarães
Instituição Sede: Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH). Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). São Carlos , SP, Brasil
Assunto(s):Violência na família   Trauma emocional   Vítima   Crianças   Adolescentes   Intervenção psicológica
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Domínio voluntário da conduta | Proposta de intervenção | Violência intrafamiliar | Ciências Humanas

Resumo

A violência, bem como os mecanismos que corroboram para sua perpetuação, diz respeito a um fenômeno construído socialmente. Apesar da existência ampla variabilidade na tipificação da violência, sabe-se que sua ocorrência pode trazer prejuízos às vítimas em diferentes dimensões. É neste cenário de múltiplas manifestações de violências, difundidas no tecido social, que crianças e adolescentes estão entre as principais vítimas, incluindo no ambiente intrafamiliar. Por hipótese, além dos diversos danos físicos e psíquicos causados às vítimas, acredita-se que a violência intrafamiliar pode implicar em prejuízos para o desenvolvimento do domínio voluntário da conduta de crianças e adolescentes. Desse modo, o objetivo geral deste projeto é desenvolver e aplicar uma intervenção, tendo como tema central o domínio voluntário da conduta, que auxilie pais que praticam violência intrafamiliar na construção de práticas educativas saudáveis. O referencial teórico desta pesquisa fundamenta-se na psicologia histórico-cultural, que tem como principal representante o psicólogo russo L.S. Vigotski. Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa, do tipo intervenção. Será desenvolvida uma intervenção, de média duração (aproximadamente 10 sessões), que posteriormente deverá ser aplicada com 3 grupos, sendo que cada um deles será constituído de 3 a 4 famílias usuárias do serviço de um Centro de Referência Especializado de Assistência Social - CREAS. A avaliação do impacto da intervenção se dará por meio de duas etapas. Primeiramente, durante a última sessão da intervenção, será realizado um grupo focal com cada grupo, a fim de averiguar o quanto os participantes aderiram ao que fora apresentado durante o desenvolvimento do programa, o que se alterou dentro de seus ambientes familiares, bem como sugestões sobre o que poderia ser melhorado na intervenção. Através das informações obtidas no primeiro processo de avaliação, ou seja, após a realização dos grupos focais, uma família em cada um dos grupos - que melhor aderirem ao trabalho interventivo de acordo com critérios pré-estabelecidos - serão convidadas a participarem de uma segunda etapa avaliativa, que consiste em Observações Sistematizadas (OS) realizadas pela pesquisadora. As três famílias selecionadas serão acompanhadas intensamente por um período de aproximadamente dois meses. O processo consistirá na inserção prolongada da pesquisadora aos seus ambientes familiares naturais (in loco). Ocorrerão cerca de duas a três visitas semanais, nos períodos em que a família estiver a maior parte do tempo reunida, sobretudo a pessoa que cometeu a agressão e a vítima. Além disso, no período das observações sistematizadas será utilizado um diário de campo com a finalidade de registrar dados que se associam à intervenção que as famílias participaram. Os dados que emergirem do trabalho de campo serão analisados por meio da análise de conteúdo e será utilizado o software Atlas.TI para sistematização deste material. Desse modo, considera-se que, diante dessas duas etapas avaliativas, poderá ser analisado o impacto da intervenção, ampliando o entendimento sobre o fenômeno investigado e em relação a modelos de intervenção que auxiliem pais e cuidadores no estabelecimento de práticas educativas saudáveis que corroborem para o desenvolvimento do domínio voluntário da conduta em crianças e adolescentes. (AU)

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