Resumo
A atual epidemia da obesidade, dado o estilo de vida sedentário e a alimentação intensamente calórica, tem desencadeado consequências à saúde humana como o aumento da incidência de doenças cardiovasculares e metabólicas, assim como maiores chances da ocorrência de episódios agudos, por exemplo, a Injúria Renal Aguda (IRA), que podem levar a condições crônicas, por exemplo, doenças renais crônicas. Ainda, é válido ressaltar que a incidência de IRA vem crescendo nos últimos anos, dado o aumento de disfunções cardíacas e hepáticas, que são relacionadas a mudanças na hemodinâmica e podem causar IRA pré-renal, a exposição a toxinas e isquemia, relacionada a ocorrência de IRA intra-renal, e a obstrução bilateral dos ureteres, vinculada a IRA pós-renal. Esse aumento abrupto na ocorrência de IRA é vinculado a um considerável aumento da mortalidade e internações, como constatado no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, que é o maior centro de atendimento de pacientes de IRA da América Latina. Em vista das grandes descobertas em relação à microbiota e a organização funcional e metabólica do organismo e os inúmeros impactos à saúde humana, tanto pela obesidade quanto pela IRA, este estudo se propõe a analisar as possíveis interferências que a microbiota poderia ter no desenvolvimento da IRA em diferentes biotipos (Magro e Obeso).
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