Resumo
A doença periodontal é a doença de infecção crônica mais prevalente em adultos, causada pelo crescimento excessivo da placa dentária de patógenos periodontais. A gengivite é a forma mais comum da doença periodontal e é altamente prevalente, afetando cerca de 50 a 90% dos adultos no mundo. Outra condição bem conhecida é a periodontite, que afeta 10,8% das pessoas no mundo. A periodontite severa pode causar halitose, dor e desconforto ocasionais, mastigação prejudicada e eventuais perdas dentárias. Além disso, as doenças periodontais também estão associadas ao aumento do risco de diabetes e doença cardiovascular aterosclerótica, além de redução da qualidade de vida. O tratamento periodontal convencional consiste em higiene adequada e remoção de placa e cálculos dentários. Além disso, os antibióticos são geralmente prescritos para pacientes periodontais que não respondam à terapia mecânica convencional. Entretanto, algumas dessas drogas como, por exemplo, a metronidazol são ineficazes contra certos patógenos periodontais. O uso de fitoterápicos por pacientes odontológicos está ganhando espaço em todo o mundo. Uma revisão sistemática das evidências existentes, incluindo avaliação do risco de viés dos ensaios clínicos randomizados, bem como verificar a certeza das evidências é necessária para esclarecer a seguinte pergunta clínica "Os fitoterápicos são mais efetivos e seguros quando comparado ao tratamento convencional na melhora das doenças periodontais?". O projeto de pesquisa será realizado no Departamento de Biociências da Unesp, Brasil. Será realizada uma revisão sistemática e as seguintes bases de dados serão pesquisadas: PubMed, CENTRAL, EMBASE, CINAHL e LILACS. A revisão sistemática será enviada para a revista BMJ Open, pois já publicamos revisão semelhante sobre fitoterápicos em pacientes cirúrgicos na mesma (Nappi 2019).
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