Resumo
Os subprodutos agroindustriais provenientes dos setores sucroalcooleiro e de celulose e papel, são constituídos principalmente por materiais lignocelulósicos. Esses materiais são renováveis e apresentam potencial para reutilização. Uma etapa fundamental no processamento da celulose e da hemicelulose de subprodutos agroindustriais é a sua hidrólise em açúcares monoméricos e sua posterior conversão em bioprodutos, destacando-se os biocombustíveis. Para isso, geralmente utilizam-se métodos químicos tradicionais, os quais requerem condições críticas e geram compostos químicos indesejáveis. Desta forma, um método menos agressivo é a hidrólise enzimática, a qual produz monossacarídeos sem gerar tais compostos indesejáveis. Entretanto, o uso de enzimas pode ser inviável dependendo de seu custo e da dificuldade de manutenção de sua estabilidade durante o processo biocatalítico. A fim de superar essas limitações, surge como uma técnica promissora a imobilização de enzimas em materiais sólidos o que oferece algumas vantagens, destacando-se a possibilidade de reuso da enzima, maior facilidade na separação do bioproduto e aumento da estabilidade da enzima. Nesse cenário, o óxido de grafeno (OG) se apresenta como um material promissor para a imobilização de enzimas, uma vez que o mesmo possui uma grande área superficial, compreendendo átomos de carbono, hidrogênio e oxigênio. Além disso, o OG é obtido através da oxidação de cristais de grafite, os quais são baratos e abundantes. Neste contexto, o presente projeto propõe imobilizar enzimas celulolíticas, de preparado enzimático comercial, em óxido de grafeno magnetizado (OGM) e avaliar o potencial da imobilização no presente suporte. (AU)
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