Resumo
Os comprometimentos causados pela Obesidade incluem dificuldades respiratórias, distúrbios do aparelho locomotor, doenças cardiovasculares e favorecimento de enfermidades. A cirurgia bariátrica é o tratamento mais efetivo para Obesidade grau III. A cirurgia de bypass gástrico convencional, associada à restrição dietética nas primeiras semanas, limita a prática de exercício físico. Neste contexto, a estimulação elétrica neuromuscular de corpo inteiro (EENMC), uma estratégia que estimula vários grupamentos musculares, tem se mostrado uma opção promissora e inovadora para realçar a perda de peso, melhorar a capacidade de exercício e a força muscular periférica, além de impactar positivamente em efeitos sistêmicos logo após a cirurgia. Contudo, os efeitos do tratamento no controle autonômico cardíaco e na capacidade funcional de pacientes submetidos à cirurgia bariátrica permanecem desconhecidos. Objetivos: Avaliar o controle autonômico por meio da variabilidade da Frequência Cardíaca (FC) e a capacidade funcional de candidatos à cirurgia bariátrica antes e após a intervenção cirúrgica, com aplicação de EENMC. Desenho do estudo: Ensaio clínico placebo controlado, randomizado e duplo-cego. Métodos: Trinta e seis voluntários obesos serão randomizados em dois grupos, sendo grupo EENMC = 18 sujeitos e grupo controle (Sham) = 18 sujeitos. Os participantes serão avaliados no pré-operatório quanto à função pulmonar, capacidade máxima e submáxima de exercício, e a captação dos intervalos R-R (iR-R) em repouso e no exercício submáximo. No 2° dia após a alta hospitalar, os participantes serão avaliados quanto à capacidade submáxima de exercício pelo teste de degrau de dois minutos, a composição corporal, a FC e os iR-R. O treinamento com EENMC ou placebo será realizado em 30 sessões, cinco vezes por semana, durante seis semanas consecutivas. Após este período, todas as avaliações realizadas no período pré-cirúrgico serão novamente realizadas. Espera-se que os indivíduos obesos submetidos a EENMC apresentarão maior melhora no controle autonômico cardíaco em repouso e durante o exercício submáximo quando comparados aos indivíduos do grupo sham. (AU)
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