Resumo
A doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) é uma causa crescente de doença hepática crônica em todo o mundo. A doença acomete indivíduos que desenvolvem esteato hepatite não alcoólica (NASH), que pode evoluir para fibrose em 20 a 40% dos casos, sendo que 10% pode progredir para cirrose e 1-5% carcinoma hepatocelular (CHC). Na NASH, hiperinsulinemia, inflamação adiposa e hipoadiponectinemia desregulam o turn over de um ou mais reservatórios lipídicos hepáticos, acumulando moléculas de lipídios que afetam os hepatócitos e levam à inflamação, elevando a expressão de IL-6 e TNF-±, importantes citocinas pró-inflamatórias. A proteína NS1 do hRSV, tem importante papel no bloqueio da resposta imunológica, pois leva à diminuição da expressão de citocinas incluindo TNF-±/², IFN-±/², IFN-Ò e fator nuclear kappa ² (NF-k²), interleucinas como IL-1± e IL-6 e inibe a apoptose das células hospedeiras infectadas. A redução da expressão de TNF- ± e IL-6 também foi descrita pelo uso da quercetina, molécula que apresenta potencial na redução do estresse oxidativo. O objetivo deste trabalho é avaliar a resposta terapêutica e profilática da NS1 e da quercetina em ratos com NASH e fibrose hepática induzidas por meio de dieta hiperlipídica deficiente em colina (DHC). O efeito profilático e terapêutico do uso dessas moléculas será avaliado por técnicas imunoistoquímicas, histopatológicas, quantificação de citocinas pró-inflamatórias e pró-fibróticas por Elisa, e metabólitos gerados por RMN. Como resultado espera-se encontrar biomarcadores: metabólicos, de diagnóstico envolvidos na progressão da NASH para fibrose hepática; e terapêuticos, que respondam a modulação e diminuição do processo inflamatório no fígado pelo uso da NS1 e quercetina ou sua combinação. (AU)
|