Resumo
Materiais em escalas nanométricas apresentam comportamento físico-químico diferente em comparação quando estão em escalas macroscópicas, como as nanopartículas de ouro que podem exibir uma gama de comprimentos de onda de absorção dependendo do tamanho e forma das partículas. Além disso, nanopartículas metálicas e não metálicas podem apresentar o efeito da ressonância plasmônica de superfície (SPR), resultante da deslocalização dos elétrons de superfície que oscilam em ressonância com o campo elétrico de um comprimento de onda incidente específico, variando de acordo com seu tamanho e forma. Dentre as nanopartículas obtidas em vidros óxidos, nanopartículas de bismuto são difíceis de sintetizar, uma vez que o bismuto pode assumir muitos estados de oxidação, como Bi+, Bi2+, Bi3+ e Bi5+, dependendo das condições de síntese (temperaturas de fusão, cadinho, taxa de resfriamento) e composição do vidro. Nanopartículas de bismuto mostram propriedades ópticas interessantes e promissoras para aplicações fotônicas, como grande não linearidade óptica, fluorescência e absorção visível. Nanopartículas de bismuto elementar podem ser obtidas usando condições redutoras (reagentes, cadinho e/ou atmosfera) ou por dissociação térmica a altas temperaturas. O vidro à base de bismuto apresenta cores diferentes, de amarelado a acastanhado, atribuídas à presença de diferentes espécies de bismuto. Portanto, esta proposta tem como objetivo principal o estudo e melhor compreensão das propriedades ópticas do sistema vítreo de sódio-fosfato rico em Bi, e também a influência do método de síntese na formação in-situ de nanopartículas Bi0.
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