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Entre a guerra e a negociação política: os Xikrin do Bacajá e os projetos de desenvolvimento

Processo: 19/22062-4
Modalidade de apoio:Bolsas no Exterior - Pesquisa
Vigência (Início): 01 de fevereiro de 2020
Vigência (Término): 23 de março de 2020
Área do conhecimento:Ciências Humanas - Antropologia - Etnologia Indígena
Pesquisador responsável:Clarice Cohn
Beneficiário:Clarice Cohn
Pesquisador Anfitrião: Elizabeth Jacqueline Ewart
Instituição Sede: Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH). Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). São Carlos , SP, Brasil
Local de pesquisa: University of Oxford, Inglaterra  
Assunto(s):Etnografia   Direitos indígenas   Terra indígena   Guerra
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Direitos indígenas e política indigenista | Guerras Ameríndias | kukradjà | Mebengokré | Política Indígena | Xikrin | Guerras Ameríndias

Resumo

O projeto propõe uma ampliação e complementação de estudos, pesquisas e reflexões que venho desenvolvendo, como antropóloga, desde 1992, junto aos Xikrin da Terra Indígena Trincheira-Bacajá. A análise anterior a ser complementada, apresentada neste projeto, foi dedicada ao fim das guerras a partir do processo de pacificação pelo Estado brasileiro, ou, mais precisamente, sua continuidade por outros meios, apontava a produtividade da guerra para os Xikrin, um dos meios pelos quais, como argumento, potencializam seu kukradjà, conceito de amplo campo semântico que cobre tanto os meios para a produção como os produtos do que é propriamente mebengokré, ou seja, o modo de ser dos Xikrin, uma condição de ser e estar no mundo, mas também o processo pelo qual abdicaram das atividades guerreiras propriamente ditas e as reinventaram, fazendo a guerra por outros meios e com isso mantendo a potência de seu kukradjà, partindo das reflexões feitas pelos xikrin sobre esse processo, e dos eventuais benefícios e riscos que apontavam. O projeto busca sistematizar e analisar a última década, em que, por conta de desafios colocados pelo mesmo Estado, com o desenvolvimentismo, na construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, a iminência da abertura da mineração a céu aberto Belo Sun, e as invasões na Terra Indígena, os Xikrin reviram esta opção da sua história recente, colocando em dúvida a eficácia destes outros meios de fazer a guerra, em especial as negociações políticas com os não-indígenas (os kuben), e a debatendo. Este debate não só colocou os Xikrin em um momento de intensas reflexões, mas minha própria análise antropológica. Sugerindo ser tempo de retomar a análise, tendo por base uma nova bibliografia produzida mas principalmente a etnografia continuada com eles, proponho aqui refletir sobre os dilemas e soluções por eles experimentados neste período. Espera-se, ao fim do período de pós-doutorado, ter preparado um texto, em continuidade a três capítulos já redigidos, a ser apresentado para publicação em forma de livro. (AU)

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