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O retorno a Freud: Jacques Lacan, um leitor de André Breton

Processo: 19/16894-7
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Doutorado Direto
Vigência (Início): 01 de fevereiro de 2020
Vigência (Término): 31 de março de 2025
Área do conhecimento:Interdisciplinar
Pesquisador responsável:José Francisco Miguel Henriques Bairrão
Beneficiário:Rafael Eduardo Franco
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP). Universidade de São Paulo (USP). Ribeirão Preto , SP, Brasil
Bolsa(s) vinculada(s):22/10330-7 - Surrealismo e psicanálise: diálogos entre Jacques Lacan e André Breton, BE.EP.DD
Assunto(s):Teoria psicanalítica   Teoria freudiana   Surrealismo   Jacques Lacan
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:André Breton | Epistemologia da Psicanálise | Jacques Lacan | Psicanálise e Literatura | Surrealismo | Teoria Psicanalítica | Epistemologia da Psicanálise

Resumo

A pesquisa centra-se nos estudos das relações existentes entre a teoria psicanalítica e o surrealismo de André Breton, na medida em que se debruça sobre a influência de concepções psicanalíticas - como as de inconsciente, associação livre, libido e de pulsão - no processo constitutivo de sua experiência surrealista de linguagem - a écriture automatique. Nesse sentido, concebe o uso bretoniano da linguagem não como representação mimética dos avatares psicanalíticos; e sim como atividade que inaugura - por meio da subversão de conceitos freudianos - relações específicas entre o inconsciente, o descentramento do Eu e a linguagem. Apesar das transfigurações da ciência freudiana promovida por esse modelo de linguagem, o estudo hipotetiza que ele se configuraria frutífero, ainda assim, para o campo psicanalítico pós-freudiano, já que supostamente apresenta-se - em paralelo à linguística de Saussure, ao estruturalismo de Lévi-Strauss, dentre outras referências - como chave mediadora para a reformulação da psicanálise, feita por Lacan no Retorno a Freud. Sendo assim, objetiva-se argumentar que tal experiência da linguagem, edificada por André Breton, a partir de Freud, contribui para que o psicanalista francês encontre - em conjunto com outras referências epistemológicas - uma "filosofia da linguagem" nos processos de subjetivação e, por correlação, uma ontologia sobre o sujeito, inexistentes em Freud. A problematização da hipótese e dos objetivos realiza-se, de um lado, a partir da análise de textos de Breton centrados na relação entre linguagem, psicanálise e sujeito - especialmente a narrativa Introduction Discour sur le peu de Réalité (1926) e textos subjacentes, como Il N'Aura Une Fois (1931), L'Imaculée Conception (1931) e Revolver à Cheveux Blancs (1932); de outro lado, empregam-se também textos escritos de Lacan, basais para a compreensão do sujeito e da ordem Simbólica, no Retorno a Freud - Função e Campo da Fala e da Linguagem e Psicanálise (1953); Subversão do Sujeito e a Dialética do Desejo no Inconsciente Freudiano (1950) e A Instância da Letra no Inconsciente ou a Razão desde Freud (1957). A leitura dessas fontes orienta-se por meio da interpretação filosófica e histórica de sistemas filosóficos, proposta por Victor Goldschmidt, em "Tempo lógico e Tempo histórico na Interpretação dos Sistemas Filosóficos" (1968). A pesquisa é interdisciplinar, na medida em que contribui para o estudo da interface entre teoria psicanalítica, literatura e reflexão estética. (AU)

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