O ensino jurídico em São Paulo: persistências e mudanças na era da profissionalização e da expansão acadêmica

• Processo: 19/19090-6
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado
• Data de Início da vigência: 01 de junho de 2020
• Data de Término da vigência: 31 de março de 2022
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Sociologia - Sociologia do Conhecimento
• Pesquisador responsável: Carolina Martins Pulici
• Beneficiário: Jéssica Ronconi Fernandes
• Instituição Sede: Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (EFLCH). Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Campus Guarulhos. Guarulhos , SP, Brasil
• Assunto(s): Direito Ensino jurídico Ensino superior Planejamento pedagógico Profissionalização
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: campo do ensino jurídico | Docência | expansão acadêmica | Faculdade de Direito | profissionalização | Sociologia dos Intelectuais

Resumo

Ao longo da história do Brasil, a formação jurídica sempre ocupou uma posição de destaque devido ao seu papel pioneiro na educação superior e na formação de um campo burocrático e intelectual. Hoje, a despeito da formação jurídica ainda reproduzir, em alguma medida, traços do bacharelismo imperial - como demonstra o alto índice de professores que ainda possuem outra carreira jurídica para além da docência -, a profissionalização do magistério superior é crescente e exige que os docentes dos cursos de Direito passem a investir mais em títulos acadêmicos e em atividades de pesquisa. Nesse cenário, esta proposta de pesquisa buscará dimensionar as transformações em curso e, também, a reprodução das propriedades historicamente constitutivas dos cursos de Direito. Para tanto, estudaremos as Faculdades de maior renome na cidade de São Paulo, a fim de investigar sua relativa autonomia diante da ingerência de agentes externos - o campo político, o campo econômico e o campo jurídico - sobre o ensino do Direito. Nesta perspectiva, o trabalho se estruturará em dois eixos principais: o primeiro analisará os projetos pedagógicos dos cursos de Direito e as recomendações que o Ministério da Educação e a OAB fazem às instituições de ensino; o segundo se ocupará do recrutamento social, da formação acadêmica, das representações e das práticas dos professores, a partir dos dados levantados em seus currículos Lattes e mediante a realização de entrevistas. (AU)