Resumo
Os esquilos da América do Sul são animais extremamente diversos, seja em características morfológicas de cada espécie ou em estruturação do nicho ecológico. Apesar de se apresentarem como organismos ímpares na biodiversidade do continente, inúmeros aspectos desses animais ainda carecem de informações e novos estudos, tais como sua classificação taxonômica. Recentemente, uma nova revisão foi feita para classificar os esquilos sul americanos, realocando-os dentro da família Sciuridae, a qual apresenta-se como um dos grupos com maior diversidade biológica de pequenos mamíferos. Essa família possui cerca de 290 espécies e 60 gêneros, abrangendo, entre outros roedores, esquilos arborícolas, terrestres e voadores (planadores), distribuídos em regiões tropicais e temperadas ao redor de todo o planeta, com exceção da Austrália e Antártica. Vivo e Carmignotto (2015) propuseram uma nova classificação taxonômica para os esquilos sul americanos, separando-os em 19 espécies e 7 gêneros (pertencentes às subfamílias Sciurinae e Sciurillinae), sendo 18 espécies e 6 gêneros da tribo Sciurini. Embora bem embasada, essa nova classificação levou em consideração apenas características morfológicas de cada espécime, além dos autores ressaltarem a necessidade de novos estudos envolvendo aspectos genéticos e morfométricos. Sabendo da relevância que possui a morfometria na taxonomia, o atual projeto de Iniciação Científica se propõe a analisar comparativamente as medidas corporais e cranianas de esquilos do gênero Guerlinguetus e sua variação geográfica na América do Sul, a fim de assegurar estatisticamente a nova hipótese classificatória de Vivo e Carmignotto (2015) para esse gênero.
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