Bolsa 19/27196-9 - Geografia agrária, Agricultura sustentável - BV FAPESP
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Movimentos camponeses na Via Campesina: um estudo comparativo do Brasil e Colômbia

Processo: 19/27196-9
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de julho de 2020
Data de Término da vigência: 30 de junho de 2024
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Geografia - Geografia Humana
Pesquisador responsável:Carlos Alberto Feliciano
Beneficiário:Marcia Arteaga Pertuz
Instituição Sede: Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Presidente Prudente. Presidente Prudente , SP, Brasil
Bolsa(s) vinculada(s):22/14222-4 - Aportes teórico-metodológicos dos feminismos latino-americanos para o estudo da defesa da terra-território e violência contra as mulheres do campo: perspectivas desde Brasil, Colômbia e México, BE.EP.DR
Assunto(s):Geografia agrária   Agricultura sustentável   Desenvolvimento territorial   Território   Camponeses   Movimento camponês   Brasil   Colômbia
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Agroecologia | desenvolvimento territorial | movimentos socioterritoriais | soberania alimentar | território | Via Campesina | Geografia Agraria

Resumo

A partir da década de 1990, diversos movimentos camponeses de várias partes do mundo construíram uma articulação global de movimentos, como resposta ao modelo hegemônico de desenvolvimento da Agricultura capitalista. A articulação aconteceu pela necessidade de construir um modelo de desenvolvimento emancipatório frente ao avanço predatório do capital no campo. Tal articulação resultou na criação da Via Campesina em 1993 que tem realizado um importante papel na construção de proposições de desenvolvimento agrário, baseadas nos princípios de soberania alimentar e Agroecologia camponesa, reivindicando a construção de territórios e territorialidades de resistência. Na América Latina a questão agrária no século XXI apresenta uma nova conjuntura com destaque para o protagonismo dos movimentos. As pesquisas desenvolvidas têm indicado a superação da leitura clássica dentro da qual o elemento central estava limitado somente ao conflito entre o campesinato e capital. Nesse contexto, o caráter emancipatório da Via Campesina e os movimentos que nela se articulam, apresentam dois elementos centrais. Mantém-se as análises dos conflitos entre o campesinato e o capital. E há novas análises sobre a construção de territórios e territorialidades de resistência, que indica a capacidade da práxis coletiva de transformar a realidade. As pautas políticas da Via Campesina e ações destes movimentos nos países da América Latina, entre eles Brasil e Colômbia, materializam um novo caminho no qual a soberania alimentar e a Agroecologia camponesa se constituem como elementos centrais de um modelo de desenvolvimento territorial emancipatório. Neste sentido, nos propomos a trabalhar como conceito de movimentos socioterritoriais enquanto aporte teórico-metodológico. A análise dos movimentos pelo território e a atualidade das discussões sobre a questão agrária são fundamentais para compreender a diversidade dos movimentos que se articulam no interior da Via Campesina, atuando em diversas escalas, demonstrando a profunda complexidade da realidade onde se inserem. Para tanto, partimos da análise comparativa das condições territoriais-histórico-materiais em que o movimento camponês se reproduz no Brasil e na Colômbia, articulando-se em uma luta de múltiplas dimensões e escalas. Abordar estas realidades, conduz à identificação da essência dessa luta, que na dimensão coletiva formam diversos territórios onde produzem as ações que determinam seus modelos de desenvolvimento. Para tanto, é preciso nos debruçar em algumas questões, tais como: qual é o papel da Via Campesina na construção de territórios e formas de resistências dos movimentos na luta contra o avanço predatório do capital em ambos países, tendo em conta sua ampla diversidade e complexidade?; quais são as características da estrutura organizativa dos movimentos que a integram; que pautas têm definido historicamente a construção de espaços de socialização política e a produção de territórios?; qual é sua agenda e como esta se relaciona como modelo de desenvolvimento territorial pautado na soberania alimentar e Agroecologia camponesa, que no campo e cidade reafirmam no dia-dia a essência de uma identidade coletiva e diversa? (AU)

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