Bolsa 19/25653-3 - Fascismo, Teoria crítica - BV FAPESP
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O conceito de fascismo segundo Theodor W. Adorno

Processo: 19/25653-3
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2020
Data de Término da vigência: 31 de agosto de 2021
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Sociologia - Fundamentos da Sociologia
Pesquisador responsável:Sinésio Ferraz Bueno
Beneficiário:João Vitor Dal Bon Rosales
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia e Ciências (FFC). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Marília. Marília , SP, Brasil
Assunto(s):Fascismo   Teoria crítica   Teoria freudiana   Teoria sociológica   Theodor W. Adorno   Discurso político   Análise de conteúdo   Século XX
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Adorno | Fascismo | Teoria Crítica | Teoria Crítica

Resumo

Devido ao avanço da direita no campo político nos últimos anos, ao aumento dos discursos fundamentalistas e suas ações que estigmatizam as diferenças, sejam elas étnicas, políticas, culturais ou sociais, tanto no âmbito nacional como internacional, o termo "fascismo" voltou a ser utilizado em discursos políticos e como palavras de ordem em manifestações pelo mundo todo. Contudo, o uso desse conceito muitas vezes pode incorrer em uma vulgarização superficial do termo, o qual, nesses casos, tende mais a insultar do que elucidar. A partir disso, este trabalho se dedica à análise da concepção teórica do conceito de fascismo elaborado por Theodor W. Adorno a partir da articulação entre teoria crítica e teoria freudiana. Tal elaboração teve como objeto de sua análise o fascismo latente em sociedades liberais e democráticas tal qual os Estados Unidos na primeira metade do século XX. Com isso, Adorno identificou na sociedade norte-americana uma ideologia fascista, a qual, por meio de sua propaganda, fixava o "mal" nas minorias sociais como judeus, comunistas, negros, estrangeiros, ou homossexuais, sendo estes os principais responsáveis por todos os males que acometiam aqueles que se identificavam como a reserva moral da sociedade norte americana, ou seja, o "bem". Mais especificamente, Adorno se dedicou a identificar em alguns propagandistas antidemocráticos o caráter do agitador fascista, os quais externalizavam toda a catarse agressiva reprimida de seus seguidores. Destarte, a análise sociológica realizada por Adorno, a qual tinha como aparato teórico o materialismo histórico dialético, só foi possível a partir das categorias psicanalíticas da teoria freudiana, a qual considerava sobretudo as causalidades subjetivas dos indivíduos. Tais agitadores se colocavam como um reduto ético a ser seguido na medida em que propagavam um estereótipo de mal atrelado às diferenças étnicas, raciais, políticas, sociais e culturais, responsabilizando-as por todo o sofrimento causado aos "cidadãos de bem". Assim por meio de uma visão maniqueísta, aqueles que pertencem ao "in-group", os quais representam o bem, devem erradicar o mal da sociedade, ou seja, o "out-group". Desse modo, o presente trabalho busca uma melhor compreensão do conceito de fascismo cunhado por Theodor Adorno a fim de elucidar a aplicação de tal definição na sociedade contemporânea, haja vista o aumento dos discursos fundamentalistas e da estigmatização das minorias políticas, sociais, econômicas e culturais. Para isso, a leitura de obras de Adorno relativas à articulação entre teoria sociológica e teoria freudiana na delimitação do conceito de fascismo se faz necessário.

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