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Síntese, caracterização e investigação do papel de peptídeos derivados de CXCL10 em modelos experimentais de doenças arbovirais

Processo: 20/02456-5
Modalidade de apoio:Bolsas no Exterior - Estágio de Pesquisa - Doutorado Direto
Vigência (Início): 02 de novembro de 2020
Vigência (Término): 30 de outubro de 2021
Área do conhecimento:Ciências Biológicas - Farmacologia
Pesquisador responsável:Rafael Elias Marques Pereira Silva
Beneficiário:Ana Carolina de Carvalho
Supervisor: Paul Proost
Instituição Sede: Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM). Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (Brasil). Campinas , SP, Brasil
Local de pesquisa: University of Leuven, Leuven (KU Leuven), Bélgica  
Vinculado à bolsa:18/02993-0 - Desenvolvimento do primeiro modelo experimental de infecção por Vírus Ilhéus (ILHV) em camundongos e delineamento de estratégias terapêuticas, BP.DD
Assunto(s):Estratégias terapêuticas   Imunofarmacologia   Flavivirus   Arbovirus   Citocinas   Quimiocina CXCL10   Saúde global   Modelos animais
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:estratégias terapêuticas | flavivírus | Ilheus virus | Imunofarmacologia | Imunologia aplicada a infecções virais | modelos animais | Imunofarmacologia

Resumo

Arbovírus (vírus transmitidos por artrópodes) são um problema de saúde global. Agências de saúde pública e populações em regiões tropicais têm se alarmado com o surgimento de arbovírus como Chikungunya e Zika, que foram associados a epidemias e sofrimento humano significativo nos últimos anos. O vírus Ilhéus (ILHV, gênero Flavivirus) é um arbovírus negligenciado isolado pela primeira vez no estado da Bahia, Brasil, em 1944. Desde então, a circulação do ILHV tem sido documentada em toda a América Latina, englobando uma variedade de hospedeiros, de mosquitos dos gêneros Aedes e Culex a aves, equinos, búfalos, preguiças e primatas não-humanos. Embora sejam descritos poucos casos de doença associada a ILHV em humanos, a infecção tem sido associada à ocorrência de doença neurológica grave, como encefalite, semelhante à causada por flavivírus como o vírus da encefalite de Saint Louis (SLEV) e o vírus Rocio (ROCV). No entanto, a biologia de ILHV, a epidemiologia e a patogênese da doença são pouco conhecidas. Não há tratamento ou vacina disponível contra a infecção por ILHV. Estudos anteriores de nosso grupo indicam que ILHV pode causar doença neurológica grave. Tal situação é alarmante, pois ILHV pode emergir e levar a surtos, apresentando um risco significativo para a população brasileira. A citocina CXCL10 (ou proteína 10 induzida por interferon-³, "IP-10") foi descrita como um potencial alvo de tratamento em doenças infecciosas por suas propriedades pró-inflamatórias, especialmente em células que expressam CXCR3. Estudos explorando o papel do CXCL10 na infecção pelo vírus do Nilo Ocidental (West Nile Virus, WNV) - intimamente relacionado ao vírus de Ilhéus - mostraram que a neutralização ou deficiência congênita de CXCL10 resulta em títulos virais mais altos no cérebro e aumento na morbimortalidade, com infiltração reduzida de células TCD8 + CXCR3 +, importantes para a eliminação de WNV dos neurônios infectados, no SNC. Nossa hipótese é que CXCL10 possa desempenhar um papel semelhante na patogênese das infecções por flavivírus em geral e, portanto, pode ser investigado como um possível alvo terapêutico inovador para essa classe de doenças. Posteriormente, nosso objetivo é sintetizar frações de CXCL10 (peptídeos derivados de CXCL10) relacionadas a diferentes partes da citocina para avaliar quais partes estão envolvidas no efeito pró-inflamatório e quimiotático descrito na literatura. A compreensão das vias de sinalização envolvidas no processo inflamatório mediado por CXCL-10 é reconhecida como um passo necessário para o desenvolvimento de uma nova classe de estratégias terapêuticas contra doenças infecciosas, mediada por esta citocina. (AU)

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