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Efeito do peptídeo mimético Ac9-22, derivado da Anexina A1, sobre a degeneração e regeneração muscular esquelética, induzida pelo veneno da serpente Bothrops asper

Processo: 20/06606-1
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Vigência (Início): 01 de dezembro de 2020
Vigência (Término): 28 de fevereiro de 2022
Área do conhecimento:Ciências Biológicas - Farmacologia
Pesquisador responsável:Vanessa Moreira
Beneficiário:Nicolas Nascimento Alecrim
Instituição Sede: Escola Paulista de Medicina (EPM). Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Campus São Paulo. São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Inflamação   Regeneração tecidual   Regeneração muscular   Músculos   Anexina A1   Bothrops asper
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Anexina A1 | Envenenamento botrópico | Inflamação | Miotoxicidade | Regeneração Tecidual | Inflamação

Resumo

Os acidentes ofídicos são um problema de saúde pública de ordem mundial sendo considerados atualmente como doenças tropicais negligenciadas pela Organização Mundial da Saúde. Na América Latina a maioria dos acidentes são causados pelas serpentes do gênero Bothrops, destacando, no Brasil, as serpentes Bothrops jararaca e Bothrrops atrox, e na América Central as serpentes da espécie Bothrops asper. Acidentes com venenos de serpentes botrópicos levam a manifestações clínicas locais destacando a mionecrose e proeminente reação inflamatória, acompanhadas por manifestações sistêmicas, como coagulopatia, hemorragia e nefrotoxicidade. A mionecrose é causada pelos componentes majoritários do veneno, como as miotoxinas fosfolipásicas e as metaloproteinases que causam necrose das fibras musculares e dano à matriz extracelular dos tecidos adjacentes, afetando a rede vascular no entorno da lesão muscular. Este dano prejudica o processo de regeneração do tecido muscular, que depende da interação entre vários elementos circulantes e os do processo inflamatório e tecidual, podendo resultar em fibrose e possível perda de função muscular. O tratamento mais comum para acidentes ofídicos é a soroterarpia que é eficiente para tratar os efeitos sistêmicos, mas não é efetivo para os efeitos locais como a inflamação e a injúria tecidual, levantando a necessidade da investigação de novos agentes como novas terapias auxiliares ao tratamento. Dentre as diversas possibilidades a Anexina 1 (AnxA1) uma proteína endógena localizada na superfície de diversos tipos celulares, exerce efeitos variados como atividade anti-inflamatória, manutenção de integridade do citoesqueleto e da matriz extracelular, apoptose, além de estimulação de proliferação e diferenciação celular. Alguns estudos mostraram que a AnxA1 endógena modula positivamente a diferenciação celular de mioblastos, promovendo a migração de células miogênicas e, consequentemente a diferenciação em tecido maduro, por promover a fusão de miotubos e reparo do sarcolema de miofibras, após injúria. Neste contexto, seus peptídeos miméticos, que podem ser considerados novas fontes de moléculas terapêuticas, apesar de também proverem a maioria dos efeitos já observados pela proteína AnxA1, nunca foram testados em modelos de regeneração muscular, especialmente em modelos in vivo de degeneração e regeneração induzido por veneno botrópico. Assim o trabalho visa estudar a atividade do peptídeo Ac9-22 derivado da AnxA1 sobre a regeneração do tecido muscular esquelético, após injúria induzida pelo veneno de serpente Bothrops asper, quanto: a) às alterações morfo/histológicas local do tecido muscular; b) às alterações de neurofilamentos; c) à produção de TGFb, IL-1b, IL-6 e VEGF; d) à função contrátil do tecido. O presente projeto de pesquisa proverá novas perspectivas de tratamentos acessórios dos efeitos locais, decorrentes de acidentes botrópicos, principalmente para a redução da mionecrose, regulação do processo inflamatório e melhora da qualidade da regeneração do tecido muscular esquelético, após injúria. (AU)

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