Bolsa 19/06863-7 - Teoria do cinema, História do cinema - BV FAPESP
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Hollywood e a dramaturgia teatral moderna: trocas intermidiáticas e o dissenso no melodrama familiar dos anos 1950

Processo: 19/06863-7
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de novembro de 2020
Data de Término da vigência: 31 de julho de 2025
Área de conhecimento:Linguística, Letras e Artes - Artes - Cinema
Pesquisador responsável:Cecilia Antakly de Mello
Beneficiário:Fernanda Sales Rocha Santos
Instituição Sede: Escola de Comunicações e Artes (ECA). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Bolsa(s) vinculada(s):22/00288-3 - Hollywood e a dramaturgia teatral moderna: trocas intermidiáticas e o dissenso no melodrama familiar dos anos 1950, BE.EP.DR
Assunto(s):Teoria do cinema   História do cinema   Hollywood   Melodrama   Realismo   Século XX
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Hollywood | intermidialidade | melodrama | realismo | Teatro moderno | teoria e história do cinema

Resumo

A pesquisa pretende lançar um novo olhar para a relação entre a dramaturgia teatral moderna e realista norte-americana e algumas de suas adaptações para o cinema em Hollywood, entre o final dos anos 1940 e o início dos 1960. Esse é o período marcado pela crise do modelo de produção cinematográfica do sistema de estúdios até então vigente nos Estados Unidos. A intenção será desvendar como adaptações de textos teatrais de autores como Arthur Miller, Tennessee Williams e Eugene O'Neill, nesse período de crise, estabeleceram tensões dentro do gênero melodrama doméstico e familiar dos anos 1950, promovendo um dissenso (como propõe Jacques Rancière, 2010) estético e político dentro do discurso cinematográfico hegemônico do período, tanto no conteúdo, quanto na forma fílmica, que se apoia em sua natureza impura - no sentido Baziniano (2014) - para derivação de sentido. Nossa hipótese é a de que a adaptação fílmica das dramaturgias teatrais desses autores adensa a reflexividade do gênero melodrama e adiciona elementos de realismo aos enredos, iniciando um movimento de transformação e modernização do cinema norte-americano que culmina, em meados dos anos 1960, na mudança radical de paradigma estético-discursivo da Nova Hollywood. Por meio da intermidialidade como método histórico no campo dos estudos fílmicos - como vem sendo proposto de modo inovador por Lucia Nagib (2014) - partiremos das seguintes obras: A morte do caixeiro viajante (Death of a Salesman, László Benedek, 1951), Boneca de carne (Baby Doll, Elia Kazan, 1956) e Longa jornada noite adentro (Long Day's Journey into Night, Sidney Lumet, 1962), adaptações de Arthur Miller, Tennessee Williams e Eugene O'Neill, respectivamente. Advogamos a favor de que a intensa relação entre o teatro e o cinema a partir dos anos 1940 nos EUA promoveu mudanças relevantes na história do cinema de narrativa clássica. A pesquisa, então, enxerga uma espécie de retroalimentação entre cinema e teatro, capaz de promover, ao mesmo tempo, a modernização e o dissenso formal e discursivo em ambas as formas artísticas, a partir de suas relações intermidiáticas. (AU)

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