Bolsa 20/11475-3 - Cultura afro-brasileira, Práticas culturais (fitotecnia) - BV FAPESP
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Práticas culturais e saberes tradicionais negros em Americana - SP

Processo: 20/11475-3
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de fevereiro de 2021
Data de Término da vigência: 28 de fevereiro de 2023
Área de conhecimento:Ciências Sociais Aplicadas - Arquitetura e Urbanismo
Pesquisador responsável:Joana D'Arc de Oliveira
Beneficiário:Vitor Daniel Menck
Instituição Sede: Instituto de Arquitetura e Urbanismo de São Carlos (IAU). Universidade de São Paulo (USP). São Carlos , SP, Brasil
Assunto(s):Cultura afro-brasileira   Práticas culturais (fitotecnia)   Saber urbano e linguagem   Segregação urbana   Território   Americana (SP)
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Práticas e Saberes Tradicionais Negros | Territorialidades negras

Resumo

A presente proposta de pesquisa é vinculada ao Projeto de Pós-Doutorado "Patrimônio Cultural Afrobrasileiro: Casas e Quintais Negros Urbanos como Espaços de Resistências", que vem sendo desenvolvido por nossa orientadora no programa de Pós-Doutorado do Instituto de Arquitetura e Urbanismo da USP - IAU/USP. O projeto tem como objetivo principal mapear territórios negros urbanos que emergiram no contexto do pós-abolição no estado de São Paulo, como forma de resistência às legislações urbanas e projetos urbanísticos que promoveram a segregação espacial dos pobres da cidade, notadamente da população negra. A presença desses sujeitos no estado de São Paulo esteve fortemente vinculada ao período escravista e aos deslocamentos que ele impôs a negros e negras. No pós-abolição, a migração foi uma constante nos cotidianos dos ex-escravos e foi fomentada por várias motivações, dentre elas as buscas por melhores condições de vida e o desejo de estar próximo de familiares. No estado de São Paulo a presença desses sujeitos foi uma constante, tanto no período escravista como no pós-abolição, como nos sugerem os autores Maria Helena Machado, Robert Slenes, Hebert Klein, entre outros. Para compreender a fixação territorial de negros e negras no pós-abolição é fundamental considerar o contexto político, econômico, social, ideológico e cultural, que marcou o final do século XIX e todo o século XX.Vale ressaltar ainda que nas últimas décadas tem crescido o interesse, por parte das universidades e centros de pesquisa, em torno da temática da cultura negra ou afro-brasileira, destacando seus saberes, práticas culturais, vivências, contribuições no campo da arquitetura e do urbanismo, seus enfrentamentos e demandas sociais. Esta postura, além de contribuir para a preservação desse importante Patrimônio Cultural Brasileiro, vem corroborando para a implementação e o desenvolvimento de políticas públicas culturais, mas também de saúde, educação, habitação, saneamento, planejamento urbano, entre outras, justificando o alargamento dessas pesquisas como contributo fundamental para o planejamento e o ordenamento das cidades que incluem a diversidade de seus sujeitos e territórios. Ancorados nessas prerrogativas, propomos no presente projeto de iniciação científica o mapeamento e registro das práticas culturais e dos saberes tradicionais negros realizados e preservados nas casas e quintais negros no município de Americana-SP. Assim, a partir dos conceitos de raça, cultura e espaço, objetivamos mapear, em diálogo contínuo e participativo com os detentores desses saberes, as histórias, as práticas culturais e as formas com que esses sujeitos se apropriam dos seus espaços de morar e da cidade. Para tal, partilharemos conceitos e abordagens teóricas em torno da consolidação do protagonismo negro ao longo da história no período da escravidão, como também no Pós-Abolição, e em torno das formulações de espaço, território e patrimônio cultural afro-brasileiro.

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