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Análise da ação da cloroquina e da transcrição do gene de resistência pkcrt em formas sanguíneas de Plasmodium knowlesi in vitro

Processo: 21/01910-7
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Vigência (Início): 01 de junho de 2021
Vigência (Término): 30 de novembro de 2022
Área do conhecimento:Ciências Biológicas - Parasitologia - Protozoologia de Parasitos
Pesquisador responsável:Roberto Rudge de Moraes Barros
Beneficiário:Guilherme Antonino da Silva Campolina
Instituição Sede: Escola Paulista de Medicina (EPM). Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Campus São Paulo. São Paulo , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:18/06219-8 - Utilização de Plasmodium knowlesi como modelo para pesquisa de malária in vitro, AP.JP
Assunto(s):Protozoologia   Biologia molecular   Expressão gênica   Polimorfismo genético   Cloroquina   Plasmodium vivax   Técnicas in vitro
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Ic50 | Parasitas transgênicos | Plasmodium vivax | Biologia Molecular de Plasmodium

Resumo

Durante anos a cloroquina (CQ) foi a principal droga para o tratamento das formas sanguíneas de malária. Introduzida após a segunda guerra mundial, casos de Plasmodium falciparum resistentes à cloroquina foram observados a partir de 1957. Parasitas resistentes rapidamente se espalharam por todas as regiões endêmicas, resultando na total remoção de CQ para o tratamento de infecções causadas por P. falciparum a partir do ano 2000. Os primeiros casos de resistência à cloroquina por P. vivax foi observado apenas em 1989 e ainda hoje esta é a droga mais recomendada para o tratamento da malária causada por esta espécie no Brasil. A identificação do marcador genético de resistência à cloroquina em P. falciparum possibilitou o mapeamento e o controle de parasitas resistentes. Mutações do gene pfcrt ("P. falciparum chloroquine resistance transporter") resultam em polimorfismos funcionais na proteína PfCRT, um transportador localizado na membrana do vacúolo digestivo do parasita, diminuindo o acúmulo de cloroquina neste compartimento, e sua consequente ação. Análises de sequência do gene pvcrt (homólogo ao gene pfcrt) em linhagens de P. vivax resistentes à CQ não identificaram polimorfismos associados a esse fenótipo, sustentando a hipótese de um mecanismo de resistência distinto nesta espécie. Estudos sugerem que a modulação nos níveis de expressão de pvcrt pode alterar a resposta do parasita à CQ, independente de polimorfismos funcionais. Recentemente, um cruzamento genético entre linhagens de P. vivax resistentes e sensíveis à CQ identificou uma região genômica conservada em progênies resistentes. Esta região contém a sequência promotora do gene pvcrt, reforçando o papel da transcrição/expressão de pvcrt na resistência à cloroquina. Além disso, um estudo indicou que formas trofozoítas de P. vivax apresentam menor sensibilidade à CQ do que outros estágios sanguíneos do parasita, justamente a forma com maior expressão de pvcrt. Entretanto, a falta de um sistema de cultivo in vitro dificulta a execução de experimentos que avaliem o papel da expressão gênica do gene pvcrt na resistência à CQ. Linhagens de P. knowlesi, espécie evolutivamente próxima à P. vivax, foram adaptadas a cultura in vitro. Este projeto tem o objetivo de verificar a ação de CQ em P. knowlesi in vitro, em especial sua ação contra as diferentes formas sanguíneas do parasita - anéis, trofozoítas e esquizontes. Também vamos analisar a transcrição e a expressão do gene pkcrt (homólogo a pvcrt) durante o ciclo de vida. Os resultados nos permitirão avaliar a resposta de P. knowlesi à CQ e analisar o papel da expressão do gene pkcrt no desenvolvimento de resistência à CQ.

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