Bolsa 21/06444-4 - Resposta inflamatória, Microbioma gastrointestinal - BV FAPESP
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Alterações na microbiota intestinal maternal e o consumo de frutose durante a gestação: implicações para a resposta inflamatória alérgica das vias aéreas na prole

Processo: 21/06444-4
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de agosto de 2021
Data de Término da vigência: 31 de maio de 2025
Área de conhecimento:Ciências Biológicas - Farmacologia - Farmacologia Bioquímica e Molecular
Pesquisador responsável:Silvana Auxiliadora Bordin da Silva
Beneficiário:Amanda Santos Cavalcante
Instituição Sede: Faculdade de Ciências Médicas (FCM). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:13/07607-8 - CMPO - Centro Multidisciplinar de Pesquisa em Obesidade e Doenças Associadas, AP.CEPID
Bolsa(s) vinculada(s):22/03265-4 - Participação das plaquetas na exacerbação da doença alérgica das vias aéreas induzida pela obesidade, BE.EP.DR
Assunto(s):Resposta inflamatória   Microbioma gastrointestinal   Gravidez   Desenvolvimento fetal   Ingestão de alimentos   Frutose   Asma   Ovalbumina   Prebióticos   Modelos animais
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Asma | frutose | microbiota intestinal | prebióticos | Programação Fetal | Inflamação alérgica

Resumo

O consumo de bebidas adoçadas artificialmente com frutose vem crescendo na sociedade ocidental desde a década de 70 do século anterior. Em paralelo a esta mudança de hábito alimentar, dados epidemiológicos recentes mostram um aumento da incidência de asma em crianças que nasceram de mães com hábitos alimentares associados a um consumo excessivo de bebidas adoçadas artificialmente com frutose. Apesar desta correlação epidemiológica, não foi mostrado experimentalmente se o consumo de frutose durante a gestação programa alterações na resposta inflamatória alérgica das vias aéreas na prole. Tal demonstração torna-se relevante pois o hábito de consumo de refrigerantes e bebidas adoçadas em geral está associado a uma série de fatores com impacto negativo sobre a saúde, tais como a redução na ingestão de fibras oriundas de vegetais, frutas e cereais. Neste contexto, foi demonstrado que a ingestão de uma dieta desprovida de fibra durante a gestação leva a uma exacerbação da Asma Alérgica na prole, provavelmente em decorrência de alterações oriundas na microbiota intestinal materna. Deste modo, o objetivo primário deste projeto é esclarecer se o consumo de frutose durante a gestação está associado a alterações na microbiota intestinal materna que podem intensificar a resposta inflamatória da Asma Alérgica na prole. Para atingir estes objetivos iremos expor camundongas C57BL/6 à frutose (10% na água de beber) durante a gestação e múltiplas análises serão realizadas tanto nas mães quanto nas proles. A prole será submetida ao modelo de sensibilização/desafio com ovalbumina (OVA) para avaliação da resposta alérgica das vias aéreas. Serão avaliados as concentrações de IL-4, IL-5, IL-10 e IL-13 no lavado broquioalveolar (BAL) e IgE no soro. Também serão avaliadas a infiltração de eosinófilos, a deposição de colágeno e produção de muco no parênquima pulmonar e a composição taxonômica da microbiota das vias aéreas. O perfil taxonômico da microbiota materna, bem como seu potencial de ativar repostas imunes ligadas à asma, serão avaliados por sequenciamento dos genes bacterianos que codificam as subunidades ribossomais 16S do RNA e por meio da avaliação da ativação de TLR4 e NOD2 in vitro. Também será avaliado se o consumo de frutose durante a gestação modifica a permeabilidade e a produção de muco no intestino das mães durante a gestação. A presente proposta também prevê avaliar se a suplementação dietética com carboidratos complexos com função pré-biótica (galacto-oligossacarídeo e fruto-oligossacarídeo - GOS e FOS) durante a gestação é capaz de prevenir as alterações fenotípicas induzidas pelo consumo de frutose nas mães e na prole. Além disto, para testar a causalidade entre as modificações na microbiota materna induzidas pelo consumo de frutose durante a gestação e a modulação da resposta alérgica na prole, as análises acima descritas também serão realizadas na prole nascida de camundongos Germ-free gestantes colonizadas com a microbiota intestinal extraída de camundongas C57BL/6 tratadas com frutose. Considerando o exposto acima, o presente projeto propões múltiplas abordagens experimentais para testa a hipótese de que alterações na microbiota intestinal materna causadas pelo consumo excessivo de frutos durante a gestação podem levar a exacerbação da inflamação alérgica das vias aéreas na prole. (AU)

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