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Análise da composição e neutralização do veneno de Naja kaouthia: um estudo para o aprimoramento do soro antielapídico

Processo: 21/05405-5
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Vigência (Início): 01 de setembro de 2021
Vigência (Término): 31 de agosto de 2022
Área do conhecimento:Ciências Biológicas - Fisiologia - Fisiologia Comparada
Pesquisador responsável:Anita Mitico Tanaka-Azevedo
Beneficiário:Beatriz Kopel
Instituição Sede: Instituto Butantan. Secretaria da Saúde (São Paulo - Estado). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Antivenenos   Fosfolipases A2   Neutralização   Micrurus corallinus   Serpentes   Imunogenicidade
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Elapídeos | Fosfolipase A2 | Naja kaouthia | Serpentes | soro antiofídico | Variabilidade | Fisiologia de serpentes

Resumo

A Naja kaouthia é uma serpente da família Elapidae medicamente importante distribuída por boa parte do Sudeste Asiático, abrangendo habitats dos mais diversos tipos. A espécie possui um veneno de composição bastante diversa incluindo 16 famílias de proteínas, entre as quais 13 são de toxinas, e com uma grande variação intraespecífica. O quadro clínico das picadas dessa espécie é caracterizado por sintomas neurotóxicos, os quais são causados principalmente por duas famílias de proteínas: three-finger toxins (3FTx) e fosfolipases A2 (PLA2), as quais possuem, respectivamente, efeitos pós e pré-sinápticos, sendo chamadas de ±-neurotoxinas e ²-neurotoxinas. Essas famílias, além de serem as principais componentes do veneno de Naja kaouthia, são às quais é atribuído o maior impacto da letalidade do veneno. Porém, mesmo com sua abundância no veneno, há pouco reconhecimento das 3FTxs e PLA2 pelos soros antiofídicos. Isso se dá devido à baixa imunogenicidade dessas famílias de proteínas, isto é, pouca capacidade de provocar uma resposta imune como a produção de anticorpos, a qual é consequência de seus baixos pesos moleculares. No Brasil e no mundo, existem casos de acidentes ofídicos envolvendo N. kaouthia e outras espécies de serpentes não nativas devido à criação ilegal de animais exóticos, o que é problemático pois não existem soros antiofídico específicos para essas espécies nas unidades hospitalares e os soros nacionais são ineficazes na neutralização desses venenos. No caso da Naja kaouthia, o veneno não seria neutralizado de maneira eficaz pelo soro antielapídico, o qual é produzido com um pool de veneno de Micrurus corallinus e M. frontalis, mesmo que haja uma grande semelhança nas composições dos venenos das espécies. As Micrurus corallinus e M. frontalis possuem venenos compostos predominantemente por 3FTx e PLA2, além de outras famílias de proteínas minoritárias. O soro antielapídico possui algumas dificuldades em sua produção no Instituto Butantan, como a reprodução das serpentes do gênero Micrurus em cativeiro e a pequena quantidade de veneno extraída, devido ao tamanho reduzido das glândulas de veneno e do pequeno porte dos animais. Devido às proximidades evolutiva e de composição de venenos entre a Naja kaouthia com as Micrurus corallinus e M. frontalis, é interessante buscar proteínas similares no veneno de N. kaouthia como possível alternativa de inclusão dessas ao pool de veneno das Micrurus para a produção do soro antielapídico. (AU)

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