Bolsa 21/09064-8 - Virologia, Epidemiologia molecular - BV FAPESP
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Vigilância e epidemiologia molecular dos Bocavírus humanos associados à gastroenterite aguda

Processo: 21/09064-8
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Programa Capacitação - Treinamento Técnico
Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2021
Data de Término da vigência: 31 de agosto de 2023
Área de conhecimento:Ciências da Saúde - Saúde Coletiva - Saúde Pública
Pesquisador responsável:Adriana Luchs
Beneficiário:Yasmin França Viana Pires de Souza
Instituição Sede: Instituto Adolfo Lutz (IAL). Coordenadoria de Controle de Doenças (CCD). Secretaria da Saúde (São Paulo - Estado). São Paulo , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:20/14786-0 - Vigilância e epidemiologia molecular dos Bocavirus humanos associados à gastroenterite aguda, AP.R
Assunto(s):Virologia   Epidemiologia molecular   Vigilância epidemiológica   Gastroenterite   Diarreia   Bocavirus humano   Sequenciamento   Diversidade genética
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Bocaparvovirus | Diarréia | Epidemiologia Molecular | Gastroenterite | sequenciamento | Vigilância Epidemiológica | Virologia

Resumo

O Bocaparvovírus humano (HBoV) foi descrito em 2005, durante um estudo que visava investigar a presença de agentes etiológicos envolvidos em infecções respiratórias em crianças hospitalizadas na Suécia. Há 4 genótipos de HBoV identificados até o momento. HBoV-1 é comumente associado as infecções respiratórias, enquanto o HBoV-2, HBoV-3 e HBoV-4 são frequentemente detectados em amostras fecais. HBoV apresenta distribuição global e estudos epidemiológicos em todo o mundo confirmam sua importância como agente etiológico tanto associado à doença diarreica quanto à doença respiratória. A prevalência mundial do HBoV varia de 1% a 56,8% em amostras de secreção respiratória e de 1,3% a 63% em espécimes fecais. Coinfecções envolvendo o HBoV e outros agentes virais respiratórios e entéricos são frequentes. No Brasil, a primeira detecção de HBoV ocorreu em 2007 em amostras fecais de crianças com gastroenterite aguda. Entretanto, ainda pouco se sabe sobre a incidência dos HBoV tanto em associação com doença diarreica e quanto a quadros respiratórios no país. Um aumento na frequência de vírus emergentes associados a quadros diarreicos e respiratórios vem sendo observado nos últimos anos, acarretando a necessidade de melhorar a acuidade da vigilância epidemiológica e laboratorial para estes agentes. O presente projeto se propõe a descrever a ocorrência de HBoV em secreções respiratórias e amostras fecais de pacientes em atendimento ambulatorial e identificar os genótipos de HBoV associados aos respectivos agravos, visando estabelecer o papel e o impacto dos HBoV como agentes causadores de doenças respiratórias e diarreicas no Brasil. Ainda, propõe determinar a frequência e a distribuição espaço-temporal dos HBoV no Brasil em pacientes com gastroenterite aguda. Este estudo será dividido em duas fases. A Fase 1 visa reconhecer a relação causal entre genótipos de HBoV e agravo respiratório/gastroentérico associado. Nessa fase serão analisadas amostras de secreção respiratória e espécime fecal (pareadas) de pacientes de ambos os sexos em diferentes faixas etárias no período de janeiro a dezembro de 2021, atendidos em ambulatórios da região metropolitana de Belém, Pará. Haverá coleta de pacientes que apresentem sintomas sugestivos de infecção respiratória e/ou gastroenterite aguda, assim como indivíduos assintomáticos para esses agravos. A Fase 2 visa definir a prevalência dos genótipos de HBoV no Brasil em relação ao espaço e ao tempo. Essa fase compreenderá um estudo retrospectivo conduzido com amostras fecais provenientes da vigilância nacional dos rotavírus coletadas entre os anos de 1998 e 2018. As amostras incluídas no estudo serão testadas para HBoV por PCR em tempo real (qPCR) tendo como alvo o gene que codifica para a proteína NS1. A genotipagem das amostras positivas de HBoV será realizada por PCR convencional com alvo para os genes VP1/2, seguido de sequenciamento gênico. Amostras positivas para HBoV representativas (~10%) de todo o período de estudo serão selecionadas para a realização da análise filogenética e evolutiva. Este é um estudo pioneiro no país. O presente estudo proporcionará ampliar o conhecimento epidemiológico das infecções causadas pelos HBoV, assim como sua diversidade genética. Os dados obtidos com o presente estudo também irão contribuir para o melhor entendimento sobre o papel dos HBoV nos quadros de gastroenterite no país após a introdução da vacinação contra o rotavírus, assim como em amostras históricas coletadas antes de sua descrição em 2005. Ao disponibilizar as sequências genômicas dos HBoV nos bancos de dados de anotações de sequencias de nucleotídeos publicamente disponíveis, espera-se que a presente investigação também possa auxiliar no planejamento estratégico de controle da doença frente a uma emergência inesperada, assim como na capacidade de estabelecer conexões epidemiológicas mais consistentes. (AU)

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