Exílio e testemunho: um estudo sobre o Tribunal Russell II (1974-1976) e as enunciações da tortura durante a ditadura militar brasileira

• Processo: 21/04529-2
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de outubro de 2021
• Data de Término da vigência: 30 de setembro de 2025
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Antropologia - Antropologia Urbana
• Pesquisador responsável: Cynthia Andersen Sarti
• Beneficiário: Felipe Sales Magaldi
• Instituição Sede: Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (EFLCH). Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Campus Guarulhos. Guarulhos , SP, Brasil
• Bolsa(s) vinculada(s): 22/07107-4 - Exílio e testemunho: um estudo sobre o Tribunal Russell II (1974-1976) e as enunciações da tortura durante a ditadura militar brasileira, BE.EP.PD
• Assunto(s): Memória Exílio Tortura Ditadura Sofrimento Violência Direitos humanos
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Ditadura Militar | Exílio | memória | sofrimento | Tortura | Violência | Antropologia da Memória

Resumo

Trata-se de um estudo sobre a experiência e a memória do Tribunal Russell II, um tribunal de opinião realizado na Itália e na Bélgica entre 1974 e 1976, que contou com testemunhos de exilado/as e ex-preso/as político/as brasileiro/as durante a ditadura militar (1964-1985). Busca-se compreender que possibilidades de enunciação da tortura foram abertas a partir do ocorrido, tendo em vista o silêncio imposto pelo regime e pelas próprias moralidades militantes à questão no Brasil. Nesse sentido, foca sua atenção na emergência, desenvolvimento e repercussões do evento, envolvendo redes de exilado/as, intelectuais e ativistas de direitos humanos, no bojo do processo de longa duração de reivindicação de democracia e respeito direitos humanos que se estende aos dias atuais. Propõe-se a realização de uma etnografia envolvendo o estudo de documentos, bibliografias e arquivos relativos ao evento, bem como entrevistas com seus/suas participantes vivo/as e/ou empreendedore/as de sua memória. A proposta é uma contribuição aos estudos antropológicos sobre sofrimento, violência, memória e direitos humanos. (AU)