Bolsa 21/10949-4 - Reconstrução ambiental, Formações ferríferas - BV FAPESP
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Reconstrução ambiental de alta resolução das formações ferríferas bandadas por meio das propriedades magnéticas, cristalográficas e químicas

Processo: 21/10949-4
Modalidade de apoio:Bolsas no Exterior - Estágio de Pesquisa - Doutorado Direto
Data de Início da vigência: 31 de março de 2022
Data de Término da vigência: 30 de março de 2023
Área de conhecimento:Ciências Exatas e da Terra - Geociências - Geofísica
Pesquisador responsável:Pascal Andre Marie Philippot
Beneficiário:Livia Paula Vaz Teixeira
Supervisor: Julie Hélène Charlotte Karine Carlut
Instituição Sede: Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Instituição Anfitriã: Institut de physique du globe de Paris, França  
Vinculado à bolsa:19/12132-5 - Reconstrução ambiental de alta resolução das formações ferríferas bandadas por meio das propriedades magnéticas, cristalográficas e químicas, BP.DD
Assunto(s):Reconstrução ambiental   Formações ferríferas   Água do mar   Composição química   Cristalografia   Geoquímica   Paleomagnetismo
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Cristalografia | Formações ferríferas | Geoquímica | Magnetismo De Rochas | Paleomagnetismo | Paleomagnetismo

Resumo

Formações ferríferas bandadas (BIFs) são verdadeiros arquivos que registram a composição química da água do mar pré-cambriana e do ciclo de ferro pós-deposição. Devido ao fato de que as BIFs se acumularam no fundo do mar por mais de dois bilhões de anos da história inicial da Terra e que sua deposição é coeva com a oxigenação progressiva da atmosfera e hidrosfera, mudanças em suas propriedades químicas, mineralógicas, magnéticas e composições isotópicas oferecem um vislumbre único das mudanças ambientais que ocorreram na Terra em evolução. As BIFs do final do arqueano-ínicio do proterozóico (Carajás) e do final do proterozóico (Urucum), no Norte e Centro-Oeste do Brasil, respectivamente, são notáveis ocorrências desses depósitos. No entanto, várias questões importantes sobre sua formação permanecem sem solução. Por exemplo, ainda não existe um modelo de deposição comumente aceito para o Fe (e Mn, no caso do Urucum) nesses depósitos e as idades de deposição são vagamente limitada. Também não está claro se as glaciações comumente associadas às BIFs do Urucum foram importantes para sua gênese e em que paleolatitude elas se formaram. Além disso, a ausência de diamictitos glaciais no Supergrupo Carajás é incomum com seu equivalente estratigráfico na Austrália, África do Sul e América do Norte, que contêm de 2 a 4 horizontes glaciais, possivelmente de extensão global (Snowball Earth). Para melhor compreender a formação destes depósitos pretendemos desenvolver uma abordagem integrada, que engloba análises mineralógicas, cristalográficas, magnéticas e geoquímicas. Análises geoquímicas, incluindo imagens e análises de elementos traço in-situ, juntamente com análises cristalográficas de alta resolução de fases contendo Fe, fornecerão restrições nas condições ambientais de deposição desses BIFs. Em conjunto com as análises isotópicas C, S e Fe de matéria orgânica, sulfetos e Fe-óxidos realizadas por outros membros do projeto FAPESP SPEC 2015 / 16235-2, os resultados obtidos permitirão restringir o papel dos microrganismos na formação destes BIFs. Os métodos magnéticos de rocha fornecerão informações sobre os minérios de ferro que são os principais transportadores de magnetização e os principais componentes das BIFs. Avanços recentes na microscopia magnética permitem estudos magnéticos em pequena escala, que, quando combinados com a análise isotópica in situ, podem fornecer uma imagem complexa e detalhada das propriedades magnéticas e geoquímicas de uma amostra e restringir melhor seu sinal paleomagnético e origem biológica. O trabalho será realizado no IAG/USP, Brasil, em estreita colaboração com o IPG Paris e Géoscience Montpellier, França, onde está prevista uma estadia de um ano. (AU)

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