Bolsa 21/04600-9 - Saúde mental, Transtorno depressivo maior - BV FAPESP
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Efeitos de quatro doses de ayahuasca ou dextrocetamina na depressão maior resistente ao tratamento: um estudo randomizado e duplo-cego

Processo: 21/04600-9
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de novembro de 2021
Data de Término da vigência: 31 de maio de 2025
Área de conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina - Psiquiatria
Pesquisador responsável:Jaime Eduardo Cecilio Hallak
Beneficiário:Giordano Novak Rossi
Instituição Sede: Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP). Universidade de São Paulo (USP). Ribeirão Preto , SP, Brasil
Bolsa(s) vinculada(s):23/10516-6 - Qualidade de sono em consumidores de ayahuasca, BE.EP.DR
Assunto(s):Saúde mental   Transtorno depressivo maior   Depressão   Ansiedade   Ayahuasca   Método duplo-cego
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:ayahuasca | depressão | Dextrocetamina | Psicodélicos | Saúde Mental

Resumo

O Transtorno Depressivo Maior (TDM) é uma psicopatologia com alta taxa de pacientes refratários aos medicamentos que existem hoje no mercado. Além disso, esses medicamentos podem demorar semanas para começar a produzir seus efeitos. A ayahuasca e a cetamina têm demonstrado efeitos terapêuticos rápidos (horas/dias) e persistentes (semanas) no TDM. O principal princípio ativo da ayahuasca é a dimetiltriptamina (DMT), uma triptamina psicodélica que atua como agonista dos receptores serotoninérgicos 5-HT2A, da mesma forma que o LSD e a psilocibina. No caso da ayahuasca, dois ensaios clínicos (um aberto e outro controlado com placebo) com dose única em voluntários com TDM resistente ao tratamento demonstraram redução significativa de sintomas depressivos e de ansiedade. Os efeitos terapêuticos parecem se iniciar nas primeiras horas após o consumo e durar entre uma e três semanas. No caso da cetamina, embora seu uso intranasal tenha sido aprovado para o TDM resistente ao tratamento em 2019, apenas três estudos clínicos (um aberto e dois controlados com placebo) foram realizados com a cetamina oral para o tratamento desse transtorno. Assim como com a ayahuasca, seus efeitos se iniciam rapidamente e duram até duas semanas. Além disso, os efeitos antidepressivos e ansiolíticos de alucinógenos serotoninérgicos nunca foram comparados diretamente com a cetamina. Dessa forma, o objetivo principal deste projeto é o de avaliar os efeitos de quatro doses de ayahuasca ou dextrocetamina sobre os sintomas depressivos e de ansiedade em pacientes com TDM resistente ao tratamento. 50 voluntários participarão desse estudo randomizado e duplo-cego de grupos paralelos onde receberão os seguintes tratamentos: quatro doses de ayahuasca (1 mL/kg) com intervalo de uma semana entre as doses ou quatro doses de dextrocetamina (2 mg/kg) pela via oral com o mesmo intervalo. As variáveis principais serão as variações de sintomas depressivos (BDI) e de ansiedade (BAI) avaliados na oitava semana após o início do tratamento. Variáveis secundárias incluem escalas de efeitos subjetivos (VAMS, HADS, VAS, HRS e ESS), tarefas de cognição social (reconhecimento de expressões faciais de emoções, empatia) e medidas bioquímicas (BDNF). Estas escalas e testes serão aplicados durante os efeitos agudos (0-5h) e prolongados (quinta e oitava semana após a primeira sessão experimental) da ayahuasca e dextrocetamina. A segurança e tolerabilidade dos tratamentos serão avaliadas com medidas subjetivas (UKU, CADSS e BPRS) e cardiovasculares (pressão arterial e frequência cardíaca). (AU)

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