Estudos de biotransformação de esteróides pelo fungo Penicillium oxalicum CBMAI 1996 visando compreender possíveis impactos ambientais

• Processo: 21/13179-5
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de janeiro de 2022
• Data de Término da vigência: 30 de junho de 2023
• Área de conhecimento: Ciências Exatas e da Terra - Química - Físico-química
• Pesquisador responsável: Andre Luiz Meleiro Porto
• Beneficiário: Ligia Breda e Vasconcelos
• Instituição Sede: Instituto de Química de São Carlos (IQSC). Universidade de São Paulo (USP). São Carlos , SP, Brasil
• Assunto(s): Impactos ambientais Genitália Biotransformação Penicillium Progesterona Ressonância magnética nuclear
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Biomarcadores em amostras de águas | Biotransformação da progesterona e desogestrel | Caracterização dos produtos de biotransformação por técnica de Raios X | Impactos ambientais de desruptores endócrinos na água | Quimiodiversidade de reações através de bio-oxidações | Reações do complexo enzimático P-450 do fungo Penicilluim oxalicum | Orgânica e Biocatálise

Resumo

O consumo em larga escala de contraceptivos tem gerado um aumento no despejo de esteróides em corpos hídricos, especialmente em localidades em que há grandes concentrações de população. As estações de tratamento de água e esgoto não possuem mecanismos eficientes para a eliminação de moléculas orgânicas em baixas concentrações. Desta forma, compostos como a progesterona e o desogestrel, usados como contraceptivos, são liberados através de descartes indevidos ou pela eliminação natural humana primeiramente em esgotos domésticos. Percorrem um longo caminho, chegando aos rios, lagoas, represas, às estações de tratamento e finalmente às regiões costeiras e litorâneas. Nestas, as etapas de transportes podem interferir de alguma forma no ambiente em que se encontram. Por serem moléculas lipofílicas e recalcitrantes podem também se acumularem nos tecidos animais aquáticos, como em peixes e aves causando distúrbios em seus sistemas reprodutivos. Tais compostos são classificados como poluentes disruptores endócrinos. Sabe-se que diversas linhagens de fungos possuem o complexo enzimático do citocromo P-450, o qual, através das monoxigenases são capazes de modificar a estrutura de tais compostos. Esse projeto visa a obtenção dos derivados de biotransformação da progesterona e do desogestrel, pelo fungo de origem marinha Penicillium oxalicum CBMAI 1996. Tal fungo já apresentou um potencial na biotransformação de progesterona, logo se buscará compreender também como interage o desogestrel, uma vez que este esteroide tem o mesmo esqueleto gonano da progesterona. Pretende-se obter os derivados da progesterona e do desogestrel (hidroxilados), identificar e caracterizar por raios X, RMN, IV. E, utilizá-los (futuramente) como possíveis biomarcadores em amostras de águas de tratamento. Assim, pretende-se obter um conjunto de moléculas que poderão ser utilizadas como padrões para conhecer como os esteróides estão sendo biotransformados e /ou biodegradados no meio ambiente.(AU)