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Confie, mas confira!: efeitos do status de popularidade de informantes sobre a confiança epistêmica de crianças pré-escolares

Processo: 21/13017-5
Modalidade de apoio:Bolsas no Exterior - Pesquisa
Vigência (Início): 27 de maio de 2022
Vigência (Término): 09 de fevereiro de 2023
Área do conhecimento:Ciências Humanas - Psicologia - Psicologia do Desenvolvimento Humano
Pesquisador responsável:Débora de Hollanda Souza
Beneficiário:Débora de Hollanda Souza
Pesquisador Anfitrião: Tamar Kushnir
Instituição Sede: Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH). Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). São Carlos , SP, Brasil
Local de pesquisa: Duke University, Estados Unidos  
Vinculado ao auxílio:14/50909-8 - INCT 2014: Comportamento, Cognição e Ensino (INCT-ECCE): aprendizagem relacional e funcionamento simbólico, AP.TEM
Assunto(s):Crianças   Pré-escolar   Testemunho   Aprendizagem   Desenvolvimento infantil   Vocabulário
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:confiança epistêmica | Popularidade | Pré-escolares | Testemunho | Desenvolvimento sociocognitivo

Resumo

Muito do que aprendemos sobre o mundo e sobre como ele funciona não pode ser aprendido por experiência direta e depende do testemunho de outras pessoas. Pesquisas dos últimos 20 anos têm demonstrado que mesmo crianças pequenas (3 e 4 anos) confiam seletivamente nesses testemunhos; ou seja, desde cedo, as crianças já demonstram uma habilidade para discriminar bons e maus informantes em situações novas de aprendizagem. Esta linha de investigação é particularmente valiosa no momento atual em que questionamos porque algumas pessoas são mais propensas do que outras a acreditarem em informações falsas (fake news). Mais recentemente, alguns pesquisadores têm tentado explorar diferenças individuais e contextuais que possam explicar variação nos julgamentos de confiança epistêmica de crianças em idade pré-escolar. Por exemplo, dados que são fruto de uma colaboração em andamento entre esta pesquisadora e a Dra. Melissa Koenig (Institute of Child Development-ICD, University of Minnesota), demonstraram que crianças provindas de famílias de baixa renda apresentam desvantagens no desenvolvimento de vocabulário e teoria da mente em comparação a crianças de classe média; no entanto, o primeiro grupo tem desempenho surpreendentemente melhor do que o segundo em uma tarefa de confiança seletiva. Em uma outra direção, alguns pesquisadores têm buscado identificar características dos potenciais informantes que possam influenciar os julgamentos das crianças. Já há evidências, por exemplo, de que crianças de 3 e 4 anos preferem aprender algo novo de uma pessoa que consistentemente fornece informações corretas e não de uma pessoa que, com frequência, oferece informações incorretas. Além disso, elas preferem aprender algo de alguém que é um especialista no assunto a ser aprendido, alguém que se mostra confiante no seu testemunho, ou ainda alguém que se mostra inteligente, honesto e bom. A presente proposta tem como objetivo principal dar continuidade a esta linha de investigação promissora ao investigar o efeito do status de popularidade/celebridade de potenciais informantes sobre os julgamentos de confiança seletiva de 48 crianças em idade pré-escolar (3 a 6 anos). Durante a visita à Duke University, a proponente planeja realizar as seguintes atividades de pesquisa sob a supervisão da Dra. Tamar Kushnir: a) conduzir um estudo investigando se crianças americanas dão preferência a um informante famoso, em detrimento de um especialista em situações novas de aprendizagem; b) trabalhar no desenho e na adaptação dos procedimentos para o estudo a ser realizado com crianças brasileiras, após o retorno da proponente à sua instituição no Brasil; b) to work on the design and adaptation of the study in order to collect data with Brazilian children, upon the proponent's return to her institution in Brazil; c) dar continuidade a um projeto em colaboração com a Dra. Melissa Koenig, do Institute of Child Development/ University of Minnesota, investigando possíveis efeitos da inconsistência de informantes ("Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço!) nos seus julgamentos de confiança seletiva. Em conjunto, essas atividades, a serem realizadas em um período de 10 meses, representam uma oportunidade única para esta proponente consolidar importantes colaborações internacionais que poderão trazer benefícios não só para a proponente, mas para o programa de pós-graduação do qual a docente faz parte e para a temática do INCT-ECCE, ao qual a pesquisadora é associada. Além disso, os resultados destas colaborações podem trazer contribuições significativas para o campo de estudos da ciência do desenvolvimento humano, especialmente por fornecer novos dados transculturais sobre o desenvolvimento da confiança epistêmica em crianças. (AU)

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