"Belo defeito da natureza": Mulheres, liberdade e educação em Mary Wollstonecraft

• Processo: 21/02257-5
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado
• Vigência (Início): 01 de abril de 2022
• Vigência (Término): 31 de julho de 2025
• Área do conhecimento: Ciências Humanas - Filosofia - História da Filosofia
• Pesquisador responsável: Yara Adario Frateschi
• Beneficiário: Sarah Bonfim Matos Nunes
• Instituição Sede: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
• Assunto(s): Educação Liberdade Jean-Jacques Rousseau Iluminismo
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Educação | Liberdade | Rousseau | Iluminismo

Resumo

A quem é conferida a liberdade versada pela Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, de 1789? Para Mary Wollstonecraft, esse documento não incluía as mulheres. Em teoria, a Declaração não faz uma distinção clara, porém, na prática as mulheres ficavam confinadas ao espaço doméstico. Filósofos como Jean-Jacques Rousseau, por exemplo, afirmavam que as mulheres teriam uma razão diferente dos homens, o que implica em consequências práticas no tocante à virtude e à liberdade. Assim, com metade da humanidade com a sua liberdade comprometida, Wollstonecraft se debruça sobre essa questão e busca o motivo desse direito ser negado às mulheres. Dessa maneira, esse projeto de pesquisa tem como proposta a análise do conceito de liberdade em Wollstonecraft à luz de sua época, buscando delinear a originalidade de seu pensamento. Além da importância de se analisar o contexto histórico, a efervescente época das revoluções Americana (1776) e Francesa (1789) e da "guerra de panfletos" (Philp, 1998), ressaltamos que a singularidade do pensamento wollstonecraftiano ganha proeminência em suas interlocuções e, sem dúvida alguma, se sobressai ainda mais no diálogo com a obra de um dos filósofos mais importantes da modernidade, Jean-Jacques Rousseau.