Bolsa 21/10300-8 - Estratigrafia, Isótopos estáveis - BV FAPESP
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Evolução do Vale do Zarqa, Jordânia, durante o Pleistoceno no âmbito das primeiras migrações de hominínios fora da África

Processo: 21/10300-8
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Doutorado Direto
Data de Início da vigência: 01 de abril de 2022
Data de Término da vigência: 31 de janeiro de 2027
Área de conhecimento:Ciências Exatas e da Terra - Geociências - Geologia
Pesquisador responsável:Giancarlo Scardia
Beneficiário:João Carlos Cerqueira
Instituição Sede: Instituto de Geociências e Ciências Exatas (IGCE). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Rio Claro , SP, Brasil
Bolsa(s) vinculada(s):23/04116-5 - Reconstrução do paleoambiente do Pleistoceno no leste do Levante através da análise de isótopos estáveis (´13C, ´18O) de carbonato pedogênico, BE.EP.DD   23/03949-3 - Geocronologia U-Pb in-situ em paleossolo carbonático do Pleistoceno por ablação a laser (LA-ICP-MS), BE.EP.DD
Assunto(s):Estratigrafia   Isótopos estáveis   Geomorfologia   Paleoclimatologia   Geocronologia   Pleistoceno   Jordânia
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:análise estratigráfica | Análise Geomorfológica | isotopos estáveis | Jordânia | Pleistoceno | Reconstrução de paleoambiente | Estratigrafia

Resumo

O Vale do Zarqa é uma feição geomorfológica a poucos quilômetros de Amã (Jordânia) que abriga rios tributários com água perene do Rio Jordão. Sua importância geológica e arqueológica se deve ao fato de possuir três andares de terraços, alto, médio e baixo, todos com ferramentas de hominínio e características estratigráficas distintas. A recente datação dos níveis arqueológicos na Formação Dawqara (Terraço Alto) de 2,48 milhões de anos (Ma) a 1,95 Ma documentaram a primeira saída de hominínios da África para a Ásia ao começo do Pleistoceno, sendo uma descoberta impactante na evolução e na expansão do nosso gênero. O clima atual do Vale do Zarqa é árido, portanto, inóspito e desafiador para o estabelecimento e sobrevivência para qualquer espécie do gênero Homo. Dados sedimentológicos e pedológicos de literatura sugerem que no decorrer da evolução do vale, possivelmente no Pleistoceno, houve uma transição de climas mais amenos e úmidos, convidativos para essas espécies, para mais semelhantes aos atuais. Esse projeto se propõe a analisar sistematicamente os diferentes níveis de terraço no Vale do Zarqa, com o intuito de reconstruir a história geomorfológica, os padrões deposicionais e as mudanças paleomabientais em relação à evolução climática e tectônica do Quaternário da região. Ademais, o topo do alto terraço, que finda a sequência arqueológica mais antiga e mais relevante internacionalmente, é capeado por um paleossolo carbonático do Pleistoceno Inferior (2 Ma) que será utilizado como proxy paleoclimático por meio da análise de isótopos estáveis e revelar os valores de umidade, temperatura e vegetação presentes durante o seu desenvolvimento. A integração multidisciplinar de diferentes métodos promoverá a reconstrução geológica e paleoambiental do Vale do Zarqa, tendo o enfoque nos pacotes do Pleistoceno, por sua importância arqueológica. De forma secundária serão desenvolvidas análises geocronológicas, como a datação U/Pb e o paleomagnetismo, para o posicionamento correto dos dados no tempo geológico. (AU)

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