Bolsa 21/08888-7 - Sociologia das profissões, Violência doméstica - BV FAPESP
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Servidoras e trabalho sujo? Uma etnografia sobre a influência de gênero e raça na organização funcional de servidores de cartório de um foro de violência doméstica e familiar de São Paulo

Processo: 21/08888-7
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de junho de 2022
Data de Término da vigência: 31 de maio de 2025
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Sociologia - Outras Sociologias Específicas
Pesquisador responsável:Maria da Gloria Bonelli
Beneficiário:Tharuell Lima Kahwage
Instituição Sede: Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH). Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). São Carlos , SP, Brasil
Assunto(s):Sociologia das profissões   Violência doméstica   Organização do trabalho   Estudos de gênero   Etnografia
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Gênero | Servidores | Sociologia das profissoes | Trabalho sujo | violência doméstica | Sociologia das Profissões

Resumo

Os servidores do judiciário são um grupo composto, majoritariamente, por mulheres brancas, que têm tomado posse em tais cargos com maior frequência do que os homens, segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ, 2019). São responsáveis por práticas essenciais para o funcionamento do sistema de justiça, executando atividades administrativas e rotineiras como movimentação processual, atendimento ao público e elaboração de peças jurídicas. Apesar da centralidade para o Poder Judiciário, os estudos sobre esse grupo ainda são incipientes, sobretudo se comparados à produção em torno da magistratura, atividade de maior deferência e notoriedade em contrapartida aos/às servidores/as, que tendem a acumular atividades de menor autonomia - o chamado trabalho sujo. Nessa dinâmica, magistrados repassam às/aos servidoras/es as atividades que não querem/precisam monopolizar, apontando para um sentido de trabalho desvalorizado e mobilizado de forma relacional. Nossa hipótese é a de que, mesmo ocupando desejáveis cargos públicos intermediários, as/os servidoras/es realizam trabalhos sujos delegados por juízes, levando-os a ressignificar esses sentidos e disputá-los, com o objetivo de resistir a essa desvalorização. O recorte de uma vara de violência doméstica busca enfatizar que a própria competência se enquadra em um conceito de trabalho sujo, por envolver contato regular dos/as servidores/as com grupos estigmatizados (mulheres em situação de violência). Considerando a composição de gênero e raça dos servidores, nosso objetivo é compreender a organização funcional e a distribuição desse trabalho entre servidoras/es no cartório de uma vara de violência doméstica do estado de São Paulo. Trata-se de pesquisa empírica, com abordagem qualitativa, na qual utilizaremos como técnicas de coleta de dados entrevistas semiestruturadas com as/os servidoras/es de balcão judicial e a etnografia, gerando, a partir de então, dados etnográficos que serão submetidos a posterior análise. (AU)

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