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Olfato e vias olfatórias centrais: estudo das alterações causadas pelo COVID19 por Ressonância Nuclear Magnética de 7 Tesla

Processo: 22/03639-1
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Vigência (Início): 01 de junho de 2022
Vigência (Término): 31 de maio de 2023
Área do conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina - Psiquiatria
Pesquisador responsável:Fabio de Rezende Pinna
Beneficiário:Débora Faciochi Cassol
Instituição Sede: Faculdade de Medicina (FM). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Otorrinolaringologia   Sistema olfativo   Transtornos do olfato   Bulbo olfatório   Cognição   COVID-19   Efeitos a longo prazo do COVID-19   Ressonância magnética nuclear
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:anosmia | Bulbo Olfatório | cognição | Covid 19 | Hiposmia | transtornos do olfato | Otorrinolaringologia

Resumo

Questão: Existem diferenças observáveis nas vias olfatórias centrais de pacientes com disosmia pós-COVID19? Ho: Não há diferenças nas vias olfatórias centrais de pacientes portadores de disosmia pós-COVID19 em comparação a controles normais. Population: Pacientes de 18 a 60 anos, com disosmia pós-COVID19 (hiposmias e anosmias), matriculados no ambulatório de distúrbios do olfato (HC-FMUSP) e controles saudáveis. Intervention: Realização de Ressonância Nuclear Magnética de crânio e seios da face nos grupos de pacientes Control: indivíduos saudáveis. Outcome: identificação de alterações estruturais do sistema olfatório central via exame de RNM7T. Análise e caracterização das vias olfativas centrais sob a ótica da RNM7TTime: 12 meses A COVID19 foi declarada pandemia global em março de 2020 pela Organização Mundial Da Saúde (OMS). Nesse contexto, Alterações Quimiossensoriais do Olfato (AQO) e gustação têm emergido como sintomas prevalentes em diferentes regiões. A AQO apresenta-se geralmente no início dos casos de COVID19, sendo o primeiro sintoma em 42% dos casos e até único sintoma em 8,6% dos pacientes. A Ressonância Nuclear Magnética (RNM) é uma importante ferramenta de avaliação do olfato, sendo que muitas alterações foram encontradas em exames de pacientes pós-COVID19. Contudo, devido à escassez e limitação da literatura vigente, estudos com poucos pacientes e sem grupos controles, ainda não é possível afirmar se há um padrão de lesão e se esse é responsável pelas alterações do olfato dos pacientes pós-COVID19. Destarte, considerando os cursos tomados pela pandemia de SARS-CoV-2, torna-se essencial um estudo de imagem com correlação clínica objetiva para melhor compreender a patogênese subjacente desse distúrbio crônico e sem terapêutica eficaz bem estabelecida até os dias atuais. Assim, nosso projeto tem como objetivo principal avaliar padrões patológicos no bulbo olfatório e nas vias olfatórias centrais de pacientes com disosmias persistentes pós-COVID19, via estudo com Ressonância Nuclear Magnética de 7 Tesla. Secundariamente, pretende-se caracterizar as lesões, hipotetizar mecanismos fisiopatológicos das disosmias pós-COVID19 e descrever a anatomia radiológica da via olfatória central. Metodologicamente, propomos um estudo observacional de pacientes inscritos no ambulatório de distúrbios do olfato do Hospital das Clínicas da FMUSP, portadores de disosmias decorrentes da COVID19, com cronicidade (> 2 meses) dos sintomas, refratária à terapêutica preconizada. Os indivíduos serão divididos em três grupos: 1 - pacientes portadores de anosmia ou hiposmia severa; 2 - pacientes portadores de parosmia persistente, independente da coexistência de outras disosmias; 3 - pacientes assintomáticos, normósmicos sem históricos de distúrbio olfatório prévio ou infecção documentada pelo COVID19; sendo 20 pacientes em cada braço do estudo, totalizando 60 participantes. Serão recrutados pacientes adultos, entre 18 e 60 anos, de ambos os sexos, matriculados no ambulatório de distúrbios do olfato. Serão excluídos pacientes portadores de sinusopatia/rinite prévias; submetidos à cirurgia nasossinusal ou radioterapia de cabeça e pescoço, pacientes com contraindicações à realização do exame de RNM e pacientes gestantes. Para classificação dos distúrbios do olfato, será utilizada a ferramenta adaptada Connecticut olfactory test (CCCRC), tendo alteração do olfato todos aqueles que não demonstrarem normosmia ao teste psicofísico. Para confirmação diagnóstica, utilizaremos teste de RT-PCR para SARS-CoV-2 realizado ao menos 3 meses antes da adesão ao estudo. O estudo será às quintas-feiras, no período de março de 2022 a março de 2023, em âmbito ambulatorial no HCFMUSP e na Plataforma de Imagens na Sala de Autopsia (PISA) da FMUSP, onde está instalado o equipamento de IRM de ultra-alto campo magnético: 7T Magnetom (SIEMENS), para estudo da região da fenda olfatória, bulbo olfatório e vias olfatórias. (AU)

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