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Eferocitose no microambiente tumoral de OSCC: influência na progressão e disseminação tumoral e na resposta imune

Processo: 22/06041-0
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
Vigência (Início): 01 de julho de 2022
Vigência (Término): 31 de outubro de 2025
Área do conhecimento:Ciências da Saúde - Odontologia
Pesquisador responsável:Carlos Rossa Junior
Beneficiário:Ianny Brum Reis
Instituição Sede: Faculdade de Odontologia (FOAr). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Araraquara. Araraquara , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:20/00394-2 - Invasão e metástase de carcinoma de células escamosas de cabeça e pescoço (HNSCC): relevância e interação entre GALR2 e eferocitose no microambiente tumoral e na disseminação hematogênica, AP.TEM
Assunto(s):Neoplasias bucais   Carcinoma de células escamosas de cabeça e pescoço   Eferocitose   Microambiente tumoral   Imunologia tumoral   Imunologia celular   Macrófagos   Resposta imune
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Carcinoma oral de células escamosas | Eferocitose | imunologia tumoral | invasão | Macrófagos | microambiente tumoral | Câncer oral

Resumo

A morte celular é evento frequente no microambiente tumoral (TME) do carcinoma oral de células escamosas (OSCC), e ocorre em células neoplásicas, células estromais (fibroblastos, células endoteliais), células epiteliais não neoplásicas adjacentes ao tumor e células imunes (neutrófilos, macrófagos, linfócitos) infiltrantes e presentes no estroma tumoral. A morte celular pode ocorrer tanto como consequência/objetivo primário do tratamento citotóxico químio/radioterápico, e também na ausência de qualquer tratamento (devido à hipóxia, escassez de nutrientes, acúmulo de mediadores e subprodutos citotóxicos do metabolismo celular). Diversos tipos de morte celular podem ocorrer no TME, incluindo apoptose, necrose e piroptose. A apoptose é considerada um processo 'imunologicamente silencioso' em contraste à necrose e piroptose nos quais há liberação de conteúdo citoplasmático, incluindo citocinas e outros mediadores biologicamente ativos (e.g., ATP), além de moléculas capazes de ativar receptores de padrões moleculares (PRRs) como padrões moleculares associados ao dano (DAMPs). Células imunes fagocitantes, especialmente macrófagos, são as principais responsáveis pela remoção de células apoptóticas pelo processo fisiológico de eferocitose, o qual apresenta influências dinâmicas e recíprocas com a resposta imune: o fenótipo das células imunes fagocitantes influencia sua atividade de eferocitose, por outro lado o processo de eferocitose também modifica o fenótipo das células imunes. Assim, mesmo a apoptose pode influenciar a resposta imune, indicando uma importante interação entre a morte celular no TME e a imunidade tumoral. Desta forma, a morte celular (seja ocorrendo 'naturalmente' ou induzida pelo tratamento citotóxico) pode exercer efeitos imunomoduladores estimuladores/supressores no TME de OSCC, o que pode influenciar a progressão do tumor (invasão e metástase), e/ou influenciar a resposta ao tratamento citotóxico imunomodulador, favorecendo a resistência ao tratamento ou a recorrência. Nesta proposta, o objetivo é avaliar como a inibição da atividade de eferocitose influencia o perfil fenotípico de células imunes, in vitro e in vivo. Serão utilizadas duas abordagens para inibição da eferocitose: I) anticorpo neutralizador/bloqueador de fosfatidilserina (Bavituximab, Creative Biolabs), neutralizando o principal sinal indutor de eferocitose ('me coma') em células apoptóticas; II) inibidor bioquímico da GTPase Rac1 (NSC23766, Tocris Bioscience), considerado o 'master switch' na reorganização do citoesqueleto das células eferocitóticas. A hipótese central é que a inibição da eferocitose influencia a invasão tumoral, metástase e o potencial invasivo de Células Tumorais Circulantes (CTCs) por meio da modulação da resposta imune no microambiente tumoral. Para isso, são propostos experimentos in vitro, utilizando co-culturas tridimensionais (heteroesferóides) de células imunes do sangue periférico de pacientes de OSCC ou de doadores saudáveis e linhagens celulares de OSCC, avaliando o fenótipo das células imunes e a capacidade de invasão in vitro na presença e ausência de inibição de eferocitose. Também são propostos modelos in vivo (xenoenxertos em camundongos sem células T e modelo da membrana cório-alantóica do ovo de galinha - CAM) para avaliação da influência da eferocitose na progressão e disseminação tumoral e verificar a possível associação destes desfechos com o fenótipo/padrão de ativação das células da imunidade inata. Amostras obtidas de pacientes de OSCC serão investigadas para avaliação de possíveis associações entre o estágio do tumor, o perfil fenotípico das células imunes no TME e a detecção de diferentes tipos de morte celular e a expressão de marcadores de eferocitose. (AU)

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