Bolsa 22/01824-6 - Epidemiologia molecular, Alphapapillomavirus - BV FAPESP
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Papel do fator de transcrição FOXA1 na carcinogênese induzida por Papilomavírus Humano (HPV): abordagem epidemiológica e funcional

Processo: 22/01824-6
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2022
Data de Término da vigência: 31 de agosto de 2026
Área de conhecimento:Ciências da Saúde - Saúde Coletiva - Epidemiologia
Pesquisador responsável:Laura Cristina Sichero Vettorazzo
Beneficiário:Milena Giulia Gonçalves
Instituição Sede: Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira (ICESP). Coordenadoria de Serviços de Saúde (CSS). Secretaria da Saúde (São Paulo - Estado). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Epidemiologia molecular   Alphapapillomavirus   Infecções por Papillomavirus   Biomarcadores   Neoplasias de cabeça e pescoço   Neoplasias do colo uterino
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Biomarcador | câncer de cabeça e pescoço | Câncer de colo de útero | Foxa1 | papilomavírus humano | transformação | Epidemiologia Molecular

Resumo

O desenvolvimento de tumores associados à infecção por HPV (Human Papillomavirus) decorre principalmente de infecções persistentes por HPVs de alto risco oncogênico, sendo o HPV-16 o mais prevalente no mundo todo tanto nas lesões pré-neoplásicas quanto nos cânceres de diferentes sítios anatômicos de homens e mulheres. As oncoproteínas E6 e E7 de HPVs de alto risco se associam e inativam, respectivamente, as proteínas supressoras de tumor p53 e pRb, o que resulta na evasão da apoptose, desregulação do ciclo celular entre outras alterações que em conjunto induzem a transformação das células infectadas. Na região genômica viral não codificante (LCR - Long Control Region) se ligam diferentes Fatores de Transcrição (FTs) virais e celulares que regulam a replicação e transcrição dos HPVs. Ainda não existem tratamentos alvo-específicos com intuito de conter a proliferação das células infectadas por HPV, desta forma limitando a progressão do quadro clínico. Assim, justifica-se a busca por biomarcadores e as vias associadas a estes que possibilitem o desenvolvimento de tratamentos direcionados aos pacientes acometidos por tumores HPV-induzidos. Nesse contexto, estudos prévios do nosso grupo identificaram que o FT FOXA1 possui sítios de ligação funcionais na LCR de HPV-16, e que a ligação de FOXA1 à LCR poderia estar associada à tumorigênese, uma vez que esta proteína induz significativamente a transcrição viral. Pelo exposto, esse projeto visa investigar de maneira integrada (abordagem epidemiológica e funcional) o papel de FOXA1 na carcinogênese HPV induzida e os mecanismos associados. Ainda, objetiva-se avaliar o impacto da inativação de FOXA1 explorando-se a terapêutica baseada em miRNA. Mais especificamente objetiva-se: (1) avaliar a associação dos níveis de FOXA1 com a presença de DNA de HPV, e parâmetros clínicos, histopatológicos e de sobrevida em uma série de pacientes acometidas com tumores de colo de útero; (2) avaliar a associação dos níveis de FOXA1 e miR-212 com a presença de DNA de HPV, e parâmetros clínicos, histopatológicos e de sobrevida em uma série de indivíduos acometidos com tumores de orofaringe e cavidade oral; (3) avaliar os níveis FOXA1 (RNAm e proteína), de E6/E7 (RNAm e proteína), e de miR-212 em células NIKs (normal immortalized keratinocytes - queratinócitos normais imortalizados) transduzidas ou não com a região da LCR-E6/E7 de HPV-16, superexpressando ou não FOXA1, e na presença de um mimético ou inibidor de miR-212; (4) através de ensaios funcionais, avaliar nessas células, os diferentes hallmarks de câncer: potencial de proliferação, formação de colônias após plaqueamento em baixa densidade, crescimento independente de ancoragem, migração, invasão, e apoptose. Nossa hipótese é que a alta expressão de FOXA1 contribua para a carcinogênese HPV associada por ativar a transcrição viral e desta forma impacte em níveis altos das oncoproteínas virais E6 e E7. Neste caso, a alta expressão de FOXA1 poderia ser utilizada como biomarcador de progressão tumoral, além de constituir um importante alvo terapêutico. (AU)

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