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Mulheres na Guerra de Independência da Argélia (1954-1994): experiências, testemunhos, direitos

Processo: 21/08157-2
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Mestrado
Data de Início da vigência: 01 de agosto de 2022
Data de Término da vigência: 30 de novembro de 2023
Área de conhecimento:Ciências Humanas - História - História Moderna e Contemporânea
Pesquisador responsável:Raquel Gryszczenko Alves Gomes
Beneficiário:Bruna Perrotti
Instituição Sede: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Assunto(s):Mulheres   Guerra   Argélia
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Guerra de Independência da Argélia | Mulheres | testemunhos | História da África Contemporânea

Resumo

A Guerra de Independência da Argélia, ou a Revolução Argelina, é um marco na história contemporânea do século XX. Após buscarem sem sucesso soluções diplomáticas e legislativas para garantir melhores condições de vida, direitos e autonomia, surge como solução para as forças independentistas a resistência armada - o engajamento feminino se dá desde o princípio dos conflitos. O objetivo dessa pesquisa é revisitar a história da participação das mulheres na Guerra de Independência da Argélia a partir de seus próprios testemunhos, investigando como o ato de testemunhar, ao reacessar a memória da guerra pela perspectiva feminina abriu possibilidades à reivindicação de direitos pelas mulheres. Na imprensa revolucionária, acompanhamos a trajetória da historiadora e romancista Assia Djebar que colhe testemunhos de mulheres combatentes e refugiadas da guerra entre 1958 e 1959. A despeito das críticas que pautavam a unidade do movimento, Djebar não deixa de afirmar, já desde esse momento, os direitos das mulheres argelinas. Aqui, além de sua coluna no jornal El Moudjahid (1959), analisaremos seu segundo romance de guerra Les Alouettes Naives (1967),inspirado nos testemunhos colhidos. Já nos tribunais de Argel e de Paris, acompanhamos o caso de Djamila Boupacha (1962), através da obra testemunho que leva seu nome como título; a militante processou o Estado colonial francês, berço dos Direitos do Homem, que recorria agora a tortura para extrair confissões. Por fim, propomos a análise da obra Des femmes dans la guerre d'Agérie (1994) que traz trinta entrevistas colhidas por Djamila Amrane. Em um momento em que são os direitos das mulheres no estado pós-colonial que estão em jogo, a ex-combatente e historiadora afirma, a partir de testemunhos cruzados com estatísticas, uma maior participação das mulheres nos conflitos do que aquela reconhecida até então. (AU)

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Publicações acadêmicas
(Referências obtidas automaticamente das Instituições de Ensino e Pesquisa do Estado de São Paulo)
PERROTTI, Bruna. Mulheres na Guerra de Independência da Argélia (1954-1994): experiências, testemunhos, direitos. 2024. Dissertação de Mestrado - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Filosofia e Ciências Humanas Campinas, SP.