Mimese extemporânea: a expressão filosófica no jovem Nietzsche

• Processo: 22/00707-6
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de agosto de 2022
• Data de Término da vigência: 28 de fevereiro de 2026
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Filosofia - História da Filosofia
• Pesquisador responsável: Oswaldo Giacoia Junior
• Beneficiário: Pedro Nagem de Souza
• Instituição Sede: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
• Bolsa(s) vinculada(s): 24/20389-4 - Encenando a vida: três momentos da metáfora dramática em Nietzsche, BE.EP.DR
• Assunto(s): Filosofia contemporânea Friedrich Nietzsche Mimese Cultura Drama Romantismo Modernidade
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: cultura | expressão | mimese | modernidade | Romantismo | Saúde | Filosofia Contemporânea

Resumo

As problemáticas da cultura e da expressão atravessam o pensamento de Nietzsche, tendo sua primeira formulação nos textos de sua fase dita ""de juventude"". Se observarmos os textos cronologicamente próximos às Considerações Extemporâneas, o projeto da inserção da Filosofia na tarefa da cultura passa pela reflexão sobre a natureza da linguagem, do conhecimento e da Filosofia. Neste contexto, maneiras de pensar, agir e dizer se sobrepõem enquanto funções de um todo designado ora como saúde da cultura, ora como sua unidade de estilo. Isso implica uma tensão interna à dinâmica cultural/filosófica, pois se o filósofo visa unificar os impulsos dentro da cultura, ele também reflete, em seu processo expressivo, uma totalidade intuída do uno primordial. Neste ponto, a figura do dramaturgo se apresenta como síntese do processo expressivo filosófico, sendo a atividade filosófica de nomeação/valoração um análogo mimético da expressão dramática. A proximidade entre essas duas figuras é, ao mesmo tempo, coerente e inesperada. Isso porque, no horizonte mimético estabelecido por Platão e apropriado em diversos contextos ao longo da modernidade, haveria uma diferença fundamental entre a figura do filósofo e a do poeta/ator. O tema da mimese engloba, assim, aquelas duas problemáticas nietzschianas num contexto mais amplo, levantando por um lado a pergunta pela relação de Nietzsche com as tradições moderna e romântica, e estendendo, por outro, os desdobramentos desta pergunta à reflexão contemporânea. Pretendo, assim, primeiro abordar a problemática mimética no primeiro Nietzsche tendo em vista a sua coerência interna, articulando as questões da cultura e da expressão filosófica numa leitura imanente; e em seguida, abordar a sua inserção histórica tanto retrospectivamente, visando as mimeses moderna e romântica, quanto prospectivamente, observando a continuidade contemporânea da questão. (AU)