Bolsa 22/06435-8 - Testemunho, Discurso - BV FAPESP
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O testemunho de homossexuais sobreviventes dos campos de concentração: a rememoração interditada frente a denegação discursiva

Processo: 22/06435-8
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2022
Data de Término da vigência: 01 de dezembro de 2025
Área de conhecimento:Linguística, Letras e Artes - Letras - Teoria Literária
Pesquisador responsável:Márcio Orlando Seligmann-Silva
Beneficiário:Fábio Ávila Arcanjo
Instituição Sede: Instituto de Estudos da Linguagem (IEL). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Bolsa(s) vinculada(s):23/07096-5 - O testemunho de homossexuais sobreviventes dos campos de concentração: a rememoração interditada frente à denegação discursiva, BE.EP.PD
Assunto(s):Testemunho   Discurso   Violência de gênero   Holocausto judeu   Homossexuais   Trauma psicológico
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Denegação discursiva | Holocausto | Homossexuais | Perlaboração do passado | Testemunho | trauma | Literatura de testemunho e escritas da violência

Resumo

O presente projeto de pós-doutorado é fruto de uma inquietação que se dá a partir do desdobramento de nossas pesquisas voltadas para lidar com o discurso testemunhal mobilizado em meio aos traumas originários da política de extermínio operada pela Alemanha nazista. Neste projeto, lidaremos com um tipo de testemunho cuja recepção se mostrou ínfima, em função da circulação de valores pautados pelo preconceito e pelo silenciamento. O testemunho em questão é mobilizado por homossexuais deportados para os campos de concentração, que, durante muito tempo, ficaram proscritos da condição de sobreviventes do Holocausto. Neste tipo de rememoração testemunhal, além do obstáculo originário do trauma das vivências, temos um segundo tipo de obstáculo, que é, justamente, o da denegação discursiva, isto é, a denegação de palavras que dariam nome a esse acontecimento (PAVEAU, 2005). Isto posto, nossa pesquisa partirá de três eixos teóricos: em primeiro lugar, o da teoria do testemunho, na abordagem de temas como vozes testemunhais (SELIGMANN-SILVA, 2003; SARMENTO-PANTOJA, 2019), trauma (SELIGMANN-SILVA, 2008), desautorização (KUPPERMAN, 2016) e perlaboração do passado (AYOUCH, 2015; ROBIN, 2016). Em segundo lugar, lidaremos com as modalidades argumentativas, nas quais serão examinadas as construções das imagens de si e do outro (AMOSSY, 2004; 2018) e a inscrição das emoções (AMOSSY, 2018). Ademais, lidaremos com o processo de representação artística (SELIGMANN-SILVA, 2010) do acontecimento em questão, considerando a ficção como uma das possibilidades de dirimir o vazio provocado por um silenciamento programático. (AU)

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