Inflamação induzida por Malária: uma nova via para doenças cardiovasculares

• Processo: 21/13950-3
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2022
• Data de Término da vigência: 31 de maio de 2024
• Área de conhecimento: Ciências Biológicas - Parasitologia - Protozoologia de Parasitos
• Pesquisador responsável: Cláudio Romero Farias Marinho
• Beneficiário: Laura Cordeiro Gomes
• Instituição Sede: Instituto de Ciências Biomédicas (ICB). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Assunto(s): Malária Inflamação Plasmodium Doenças cardiovasculares Doenças endêmicas Brasil
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: doenças cardiovasculares | Inflamação | malária | Malária

Resumo

O aumento das doenças cardiovasculares nos países em desenvolvimento parece ocorrer simultaneamente com o aumento da carga de doenças infecciosas. Neste sentido, a malária é uma doença infecciosa de alta prevalência nesses locais com 230 milhões de casos por ano. Existem alguns estudos e relatos de casos que sugerem que a Malária cause alterações estruturais cardíacas e afete vias vasculares específicas, levando ao aumento do risco de hipertensão e à diminuição da contratilidade miocárdica. Contudo, ainda há diversas lacunas no conhecimento que comprovem essa associação e os mecanismos envolvidos. Objetivo: Investigar a relação entre a Malária e as alterações cardiovasculares em uma região endêmica no Brasil. Métodos: A primeira etapa do estudo foi conduzido nos municípios de Cruzeiro do Sul e Tarauacá (Acre), com amostragem aleatória para a inclusão de 453 pacientes com história de Malária na vida e 505 sem histórico dessa doença, ambos os grupos não infectados no momento da inclusão. Houve também uma coorte de 134 pacientes infectados por Plasmodium spp. durante a inclusão no estudo, para os quais foi realizado follow-up 30 dias depois. Até ao momento, foram feitos exames laboratoriais de rotina, eletrocardiograma e ecocardiograma nos pacientes dos três grupos. Posteriormente, serão avaliados marcadores cardíacos e endoteliais, citocinas e análises genéticas. Pretende-se, desse modo, não só detectar os mecanismos presentes na patogênese da Malária com potencial para gerar alterações cardiovasculares, mas também os fatores de risco para que isso ocorra. (AU)