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Estresse crônico e neurogênese hipocampal: papel dos probióticos e implicações lipidômicas e hormonais

Processo: 22/07245-8
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de outubro de 2022
Data de Término da vigência: 31 de maio de 2026
Área de conhecimento:Ciências Biológicas - Fisiologia - Fisiologia de Órgãos e Sistemas
Pesquisador responsável:Tatiana de Sousa da Cunha Uchiyama
Beneficiário:Raquel Cristina Melo Ferreira de Albuquerque Luz
Instituição Sede: Instituto de Ciência e Tecnologia (ICT). Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Campus São José dos Campos. São José dos Campos , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:17/17027-0 - Sistemas hormonais nas doenças renais e cardiovasculares: da biologia celular a novos paradigmas fisiológicos com avanços para a terapêutica, AP.TEM
Assunto(s):Estresse crônico   Lipidômica   Neurogênese   Probióticos   Sistema renina-angiotensina   Neurofisiologia
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:estresse crônico | Lipidômica | neurogênese | probioticos | sistema renina-angiotensina | neurofisiologia

Resumo

O estresse é um dos mais significativos problemas de saúde na sociedade moderna e pode ser definido como uma resposta orgânica a estímulos aversivos ou situações desconhecidas capazes de comprometer a homeostase. Devido às limitações inerentes à pesquisa com seres humanos, os modelos animais têm sido muito úteis no estudo dos mecanismos fisiológicos subjacentes aos efeitos deletérios desencadeados pelo estresse. Embora esteja bem estabelecido que roedores se adaptam à estímulos estressores repetitivos, esta adaptação não ocorre em protocolos de estresse crônico moderado e imprevisível (ECMI), onde a exposição alternada a diferentes estímulos estressores, por aproximadamente 3 semanas consecutivas, induz elevação consistente dos níveis de corticosterona e alteração do metabolismo glicêmico e lipídico, observados até 15 dias após a aplicação do último estímulo estressor. Analisando os mecanismos subjacentes aos efeitos do estresse no cérebro, foi proposto que alguns componentes do Sistema Renina-Angiotensina (SRA) poderiam ser marcadores de estresse e depressão. Em estudos prévios demostramos que o ECMI induziu aumento dos níveis circulante e hipotalâmico de angiotensina II, e o tratamento com bloqueador de AT1 de angiotensina II (losartan) atenuou o desenvolvimento destas alterações. Além da influência sobre o SRA, também já foi demonstrado que o estresse altera o lipidoma cerebral de ratos, especialmente as esfingomielinas, elevando os níveis de ceramidas no hipocampo. Sabendo que há uma estreita relação entre o estresse e a microbiota intestinal, o uso de probióticos vem sendo proposto como alternativa terapêutica com o objetivo de minimizar o estresse e seus efeitos nocivos sobre os diferentes sistemas. Os psicobióticos foram definidos pela primeira vez como a família de probióticos que, ingeridos em concentrações adequadas, exerciam efeito benéfico sobre a saúde mental. Considerando que: 1) o estresse se tornou um problema de saúde pública e que é crescente o número de indivíduos afetados pelas complicações decorrentes do estresse crônico; 2) o estresse induz disbiose gastrintestinal com impacto negativo sobre o lipidoma cerebral; 3) a alteração lipidômica resulta em diminuição da função hipocampal; 4) os probióticos possuem potencial efeito benéfico, favorecendo o equilíbrio lipídico e a melhora da função cerebral, este estudo tem como objetivo avaliar o papel da administração crônica de probióticos Lactobacillus rhamnosus e Lactobacillus reuteri, nas alterações do eixo intestino-cérebro decorrentes do estresse crônico, buscando além de uma nova opção terapêutica para este distúrbio, a compreensão das vias que são moduladas por este recurso.

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