Bolsa 22/11128-7 - Crítica (filosofia) - BV FAPESP
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O terceiro termo da tricotomia na doutrina transcendental do método da filosofia crítica: síntese transcendental por meros conceitos

Processo: 22/11128-7
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de janeiro de 2023
Data de Término da vigência: 31 de agosto de 2024
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Filosofia - História da Filosofia
Pesquisador responsável:Paulo Roberto Licht dos Santos
Beneficiário:Marcelo Aparecido Vieira
Instituição Sede: Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH). Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). São Carlos , SP, Brasil
Assunto(s):Crítica (filosofia)
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Doutrina da construção | filosofia crítica | Filosofia da Identidade | Síntese transcendental | Uso discursivo da razão | Filosofia clássica alemã

Resumo

A Doutrina Transcendental do Método, embora exposta em poucas páginas no final da Crítica da razão pura, possui importância fundamental para entender o método de prova que cabe à filosofia crítica e a toda filosofia que pretenda ser ciência. Apesar dessa importância, nem sempre reconhecida pelos intérpretes de Kant, é difícil compreender em que consiste a proposta do método crítico. A DTM distingue inicialmente o método da matemática por construção de conceitos, próprio da matemática, e a análise de conceitos, que caberia à filosofia. Significaria que Kant exclui de vez a síntese na filosofia, reservando a síntese ao método de construção de conceitos na matemática? Se for assim estaríamos diante de uma dicotomia quanto ao método crítico, não dogmático: ou construção de conceitos na matemática, ou análise de conceitos na filosofia. Schelling critica a proposta kantiana seguindo a linha interpretativa da dicotomia; para sanar o que considera o impasse kantiano, propõe, como alternativa, a construção de conceitos na própria filosofia, já que defende que o método da filosofia kantiana lidaria apenas com análises de conceitos sem relação com uma intuição, segundo sua interpretação. Queremos mostrar, no entanto, que não se trata de uma dicotomia, pois Kant propõe para a filosofia uma síntese transcendental por conceitos como chave do enigma para fazer da filosofia uma ciência rigorosa. Ponto pouco destacado pelos comentadores na literatura kantiana, essa síntese por conceitos é a chave para entender o próprio método de prova adotado por Kant ao longo da Crítica. Momento indispensável para entender essa síntese transcendental por conceitos é o conceito de coisa em geral, que deve fazer o papel da intuição sensível para haver uma síntese no uso discursivo da razão. Queremos mostrar que Kant não estava restrito a uma questão dicotômica (síntese-construção de conceitos X análise-desmembramento das notas de um conceito) no método de prova, mas tricotômica, cujo terceiro termo seria a síntese transcendental por conceitos, ignorada por Schelling.

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