Bolsa 23/00451-4 - Ibero-América, Mapeamento geográfico - BV FAPESP
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A colonialidade do espaço cartográfico: estudo epistemológico de mapas lusohispânicos quinhentistas e seu papel na invenção da Ibero-América

Processo: 23/00451-4
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Mestrado
Data de Início da vigência: 01 de maio de 2023
Data de Término da vigência: 30 de abril de 2025
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Geografia - Geografia Humana
Pesquisador responsável:Fernanda Padovesi Fonseca
Beneficiário:Bruno Zambianchi Rey
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Ibero-América   Mapeamento geográfico
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Análise Epistemológica | Análise semiótica | cartografia quinhentista | Ibero-América | mapas lusohispânicos | mundo moderno-colonial | Cartografia

Resumo

O mapa, no sentido estrito de documento e artefato ocidental, pode ser entendido como um dispositivo linguístico da modernidade colonial, ou um veículo de implantação das instituições modernas intrínsecas ao colonialismo e às juridicidades do Estado-nação. Ao mesmo tempo, a categoria de mapa ressurge com significados amplos, implicando contestações e relativizações do projeto epistêmico imperial-colonial. Tendo em vista essa condição, a presente proposta de pesquisa se empenha no desvendamento do papel efetivo e simbólico da cartografia em um dos primórdios do mundo moderno-colonial: a invenção da América pelas monarquias católicas da Península Ibérica. Para tal, prevê-se o levantamento arquivístico de mapas ocidentais (atlas, cartas portulanas e topográficas, manuscritos, planisférios, etc.) e não-ocidentais (códices, glifos, gravuras, pinturas, tecidos, etc.) do século XVI, relativos ao processo de Conquista do Novo Mundo e às dinâmicas do poder político nos impérios coloniais lusohispânicos. Através da análise epistemológica (dos contextos de produção do conhecimento) e semiótica (dos signos e significados gráficos) destes mapas, busca-se promover um debate sobre as relações de exterioridade estabelecidas entre o sistema-mundo europeu e os territórios coloniais em formação, estimando as contribuições dos saberes espaciais ameríndios e avaliando a função das abstrações ocidentais do espaço, dentre as quais aponta-se a geometria euclidiana e o sistema métrico. A finalidade é construir visões epistêmicas críticas à colonialidade da cartografia quinhentista, isto é, às linguagens de representação espacial que conceberam a América como colônia e ente geográfico moderno.

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