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Protagonismo feminino no enfrentamento dos eventos climáticos e meteorológicos extremos: estudo de caso com mulheres educadoras

Processo: 23/03674-4
Modalidade de apoio:Bolsas no Exterior - Estágio de Pesquisa - Doutorado
Vigência (Início): 01 de julho de 2023
Vigência (Término): 30 de setembro de 2023
Área do conhecimento:Interdisciplinar
Pesquisador responsável:Sonia Regina da Cal Seixas
Beneficiário:Amasa Ferreira Carvalho
Supervisor: Maria Antonia Pereira de Resende Pedroso de Lima
Instituição Sede: Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais (NEPAM). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Local de pesquisa: Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL), Portugal  
Vinculado à bolsa:20/16085-9 - Protagonismo feminino no enfrentamento dos eventos climáticos e meteorológicos extremos: estudo de caso com mulheres educadoras, BP.DR
Assunto(s):Estratégias   Gêneros (grupos sociais)   Mulheres   Protagonismo social   Engajamento político   Mudança climática   Eventos climáticos extremos
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Estratégias | Gênero | Mudanças Climáticas | Mulheres Educadoras | Protagonismo Feminino | Ambiente e Sociedade

Resumo

Os eventos climáticos extremos são um dos maiores desafios enfrentados pela sociedade contemporânea. Apesar de sua natureza ambiental, como inundações, deslizamentos de terra e secas, eles fazem parte de um problema social muito mais complexo, pois afetam os sistemas ecológicos e impactam populações de forma desigual, como as mulheres. A importância de ouvi-las emerge de seus papéis sociais como mães, chefes de família, líderes comunitárias e professoras. Embora existam discussões sobre gênero e mudanças climáticas, faltam estudos integrados que agreguem as experiências e capacidades adaptativas das mulheres no campo educacional. Dessa forma, estudar mulheres educadoras, especialmente no contexto das mudanças climáticas, se torna tão importante, em virtude de que elas, além de seus papéis sociais, possuem conhecimentos de sua formação acadêmica que podem lhes permitir discutir o tema em sala de aula. O projeto de pesquisa principal, portanto é um estudo de caso com abordagem qualitativa com foco em mulheres educadoras que atuam em escolas públicas localizadas em áreas de risco de enchentes de dois municípios do Estado de São Paulo: Atibaia e Caraguatatuba. Essas cidades são muito importantes do ponto de vista socioambiental e econômico, além de historicamente, enfrentarem eventos climáticos extremos, como enchentes e chuvas intensas. Esta pesquisa tem como objetivo geral analisar como se dá a atuação das mulheres educadoras a partir das suas estratégias pedagógicas utilizadas no contexto dos eventos climáticos extremos nos municípios estudados. Possui três objetivos específicos: 1) identificar como as mulheres educadoras trabalham com eventos climáticos extremos em sala de aula e quais materiais eles usam; 2) investigar as respostas dessas mulheres sobre mitigação e adaptação em suas escolas e municípios; e 3) identificar o que elas propõem a ser feito diante da problemática dos eventos climáticos extremos na educação em seus municípios. A pesquisa de campo ocorreu de fevereiro a maio de 2022. Foram entrevistadas 102 mulheres educadoras. Na seleção das entrevistadas, foi utilizado o processo de amostragem não probabilístico e para a análise, está sendo utilizado a técnica de análise de conteúdo. Todas as entrevistas foram gravadas, transcritas e estão sendo analisadas por meio do software NVivo 10. Com base nos dados já analisados, a média de idade das entrevistadas é de 41 anos e o tempo médio de trabalho na educação é de 17,5 anos. 71% delas relataram já ter vivenciado situações de eventos climáticos extremos em algum momento de suas vidas. Como resultados preliminares, todas as mulheres educadoras entrevistadas responderam que as mudanças climáticas já estão acontecendo e suas vivências sobre os períodos de enchente nos municípios corroboram com os dados de séries temporais anuais e diárias de precipitação. 92% das entrevistadas elencaram respostas de mitigação e adaptação às mudanças climáticas. Além disso, 71,2% das entrevistadas apontaram propostas educacionais para o enfrentamento da crise climática. Apesar da análise qualitativa ainda está sendo realizada, pode-se considerar que as mulheres educadoras protagonizam ações locais que dialogam com propostas globais como as da Agenda 2030.Palavras-chave: Mulheres; educação; crise climática. (AU)

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