Geographika 1.1, de Estrabão. Tradução e estudo

• Processo: 23/03589-7
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de junho de 2023
• Data de Término da vigência: 31 de maio de 2024
• Área de conhecimento: Linguística, Letras e Artes - Letras - Línguas Clássicas
• Pesquisador responsável: Daniel Rossi Nunes Lopes
• Beneficiário: Enzo Perucelo Feliciano
• Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Assunto(s): Geopolítica Historiografia
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Ecúmeno | Estrabão | Geografia Antiga | geopolitica | historiografia | Língua Grega Antiga

Resumo

A tentativa de descrever as mudanças antropogênicas sobre a grande porção da terra habitada, denominada ecúmeno, delineou os principais contornos do que era fazer geografia no mundo helênico antigo. Essa tradição alçou maiores pretensões quando, a partir do período helenístico, passou a representar uma ciência delineada a partir da polimatia, o que fez dela o receptáculo das mais importantes contribuições científicas do seu tempo. Se Estrabão representa um dos pontos culminantes desse conhecimento no século I d.C., a sua obra, a Geographiká, por sua vez, se posta como o compêndio responsável por preservar grande parte daquele pensamento geográfico que hoje se encontra perdido. Os dois primeiros livros dessa obra, os prolegômenos (1-2), contêm, sobretudo, análises críticas a respeito das contribuições teóricas no campo da geografia, assim como abarca o propósito dessa obra em instruir adequadamente aqueles que detêm o poder. Dada a temática, essas duas porções do livro, em especial, se tornaram alvo de grande interesse a partir do Renascimento, uma vez que contribuía para o embasamento do conceito de homo universalis. Portanto, o presente projeto visa uma tradução com estudo introdutório do primeiro capítulo (1.1) dessa obra, o qual não apenas contém a defesa e conceituação de uma disciplina que é central às ciências humanas, como também faz a fundamentação de sua utilidade e seu propósito em esboçar o líder ideal para orquestrar o germe do que seria uma geopolítica.