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Avaliação de populações de carrapatos associados a capivaras em ambientes naturais e antropizados com presença ou ausência de plantas invasoras no estado de São Paulo

Processo: 22/14632-8
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Mestrado
Vigência (Início): 01 de junho de 2023
Vigência (Término): 31 de maio de 2025
Área do conhecimento:Ciências Agrárias - Medicina Veterinária - Medicina Veterinária Preventiva
Pesquisador responsável:Marcelo Bahia Labruna
Beneficiário:Matheus Pasini Martins
Instituição Sede: Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Amblyomma sculptum   Febre maculosa   Ixodidae   Parasitologia
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Amblyomma sculptum | capim-elefante | febre maculosa | Ixodidae | Lírio do brejo | Parasitologia

Resumo

Este projeto está diretamente vinculado a um projeto Auxílio-Pesquisa FAPESP (processo 2021/02976-1) dentro do Acordo de Cooperação UKRI/NERC/FAPESP entre pesquisadores do Reino Unido e do estado de São Paulo, com foco na pesquisa dos impactos causados por espécies invasoras sobre os vetores de doenças humanas, através de análises baseadas na ecologia de comunidades e ecossistemas. As plantas invasoras podem causar impactos ecológicos de amplo alcance e em diferentes escalas nas comunidades naturais e afetar as funções fundamentais para a conservação dos serviços ecossistêmicos. No sudeste brasileiro, plantas invasoras herbáceas, como o lírio do brejo (Hedychium coronarium) e o capim-elefante (Cenchrus purpureus), podem alterar a diversidade de espécies nativas em áreas ribeirinhas, bem como a distribuição e abundância de capivaras (Hydrochoerus hydrochaeris), proporcionando habitat para refúgio e descanso e, potencialmente, alimento. As capivaras geralmente carregam carrapatos, dentre eles o Amblyomma sculptum, vetor da bactéria Rickettsia rickettsii, causadora da febre maculosa (FMB). Assim, plantas invasoras possuem potencial para aumentar o risco de FMB nas áreas invadidas. Entretanto, faltam informações quantitativas e qualitativas que descrevam a intensidade destas interações envolvendo plantas invasoras, capivaras e carrapatos. O entendimento dessa dinâmica será fundamental para compreender os padrões espaço - temporais de risco de doenças transmitidas por carrapatos nessa região. Desta forma, o objetivo geral deste projeto é descrever e compreender o suposto sistema planta invasora-capivara-carrapato no estado de São Paulo, que servirá de base para futuras investigações e previsões de risco à saúde humana apresentados por esse sistema e suas espécies componentes. Para isso, as populações de carrapatos associados a capivaras (A. sculptum e Amblyomma dubitatum) serão quantificadas em 30 ambientes com presença de capivaras, sendo 10 em áreas naturais (Parques Naturais do estado de São Paulo) e 20 em áreas antropizadas. Essas últimas serão divididas em 10 áreas endêmicas para febre maculosa e 10 áreas não endêmicas. Em cada uma das 30 áreas, serão realizadas coleta e quantificação de carrapatos por meio de arraste de flanela para coleta de larvas, ninfas e adultos. As coletas serão realizadas especificamente no habitat de capivaras, tanto em áreas invadidas pelo lírio do brejo (H. coronarium) ou pelo capim-elefante (C. purpureus), como em áreas não invadidas. Os resultados serão avaliados de forma quantitativa e comparativa levando-se em conta as espécies de carrapatos (A. sculptum e A. dubitatum), o tipo de cobertura vegetal (H. coronarium, C. purpureus e outros) e o tipo de ambiente (natural, antropizada endêmica, antropizada não endêmica). Espera-se que os resultados possam fornecer informações sobre o papel das plantas invasoras em questão sobre o risco à saúde humana no tocante aos carrapatos e febre maculosa.

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