VOCÊ ESTÁ EM TERRITÓRIO AKROÁ-GAMELLA: história oral da resistência de um povo indígena "extinto" do Maranhão

• Processo: 23/06544-4
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de agosto de 2023
• Data de Término da vigência: 31 de agosto de 2025
• Área de conhecimento: Ciências Sociais Aplicadas - Arquitetura e Urbanismo - Fundamentos de Arquitetura e Urbanismo
• Pesquisador responsável: Silvana Barbosa Rubino
• Beneficiário: Paulo Jeremias Aires
• Instituição Sede: Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo (FEC). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
• Assunto(s): História indígena Memória História da arquitetura
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Akroá-Gamella | história indígena | memória | território indígena | História da arquitetura

Resumo

O povo Akroá-Gamella vive hoje dentro do território interseccionado por três municípios da baixada maranhense, sendo eles Matinha, Penalva e Viana. Os moradores mantêm relações de reciprocidade e de práticas socioculturais em seu modo de vida. Após anos de hostilidade, os Akroá-Gamella foram considerados extintos, mas se adaptaram diante do contexto de conflitividade e usaram estratégias para sobreviver em meio a perseguições e apagamento identitário. Como indígena pertencente ao povo Akroá-Gamella, pretendo buscar, discutir e contar a história do apagamento histórico ocorrido dentro do território dos Akroá-Gamellas, bem como analisar qual era a nossa relação com o chão que pisamos há mais de 300 anos. Pretendo ainda trazer à pesquisa uma análise de como sobrevivemos esses quase três séculos de apagamento histórico e identitário, na expectativa de obter informações que possam contribuir para o resgate da memória ancestral e para a melhoria dos nossos direitos. Como recorte temporal adotarei o século XX e início do século XXI, mais precisamente o ano de 1900 até a autodeclaração pública de 2014, para discutir esses aspectos históricos. Esse recorte se dá principalmente pelo fato de ser o período mais rico de memórias dos anciãos do meu povo, os quais pretendo entrevistar.